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Caso Carlos Alberto faz Leão voltar a desafiar MSI
A amigos, Kia rebate técnico e diz que situação é culpa da diretoria corintiana
"Eu sou o treinador", afirma comandante corintiano, reforçando que nem pedido de iraniano muda quadro de meia, que segue sem treinar
EDUARDO ARRUDA
ENVIADO ESPECIAL A JARINU
O treinador Emerson Leão,
mais uma vez, desafiou a autoridade do iraniano Kia Joorabchian, presidente da MSI.
Como tem sido corriqueiro
desde que foi contratado, ele
novamente agiu como soldado
de Alberto Dualib e disse que
nem com uma eventual ordem
do iraniano aceita o meia Carlos Alberto de volta ao time.
"Aí é diferente. Eu sou o treinador. Senão não precisaria de
treinador", disparou Leão.
A amigos, Kia rebateu o treinador. Disse que a atual situação do Corinthians é responsabilidade do clube, que comanda
o departamento de futebol desde a chegada de Leão.
O iraniano avalia não entender como um bate-boca entre
técnico e jogador não tem solução após dez dias, principalmente com o clube precisando
do atleta na atual situação.
Comentou também que o
episódio demonstra que Leão
tem dificuldade em lidar com
estrelas e que, por isso, rejeitou
contratar o técnico nas cinco
vezes em que empresários ligados a ele o ofereceram à MSI.
Ontem, o meia, afastado por
discutir com o técnico, novamente não foi treinar no Parque São Jorge, como estava
programado pela comissão técnica. Segundo o jogador, ele recebeu orientação de Kia para
aguardar em casa até que a situação seja definida.
Carlos Alberto telefonou para o iraniano e disse que, se não
for reintegrado, quer sair.
Segundo o gerente de futebol
corintiano, Edvar Simões, o
meia será punido. "Estamos
elaborando relatório e na próxima semana vamos definir isso", declarou o dirigente.
Ele explicou que, como o
atleta pediu ajuda a Kia, a situação deve ser resolvida diretamente pelo presidente corintiano. Essa também é a opinião
de Leão. "É a nossa obrigação
dar toda a condição para o atleta treinar. Esta novidade [o fator Kia] já passamos à parte diretiva. O Carlos Alberto não teve paciência para esperar a segunda ordem", disse o técnico.
Para Leão, o atrito com Carlos Alberto tem sido bom, de
certa forma, para o time, concentrado em Jarinu e em greve
de silêncio com os jornalistas
desde segunda-feira. Ele disse a
pessoas próximas que o assunto tem recebido mais holofotes
por parte da imprensa do que a
preparação da equipe, que está
na zona de rebaixamento.
"Não teve impacto nenhum
[o afastamento de Carlos Alberto] no grupo. São todos profissionais", disse o treinador.
A saída do meia já é dada como certa. Carlos Alberto, que
custou cerca de R$ 24 milhões,
foi a terceira contratação mais
cara da parceria entre clube e
MSI. Dualib, que tentou, em
vão, a reintegração do meia,
não aceita por Leão, já contava
com a exclusão do jogador, mas
apenas ao final da temporada.
Faz parte dos planos do presidente corintiano montar um time para 2007 sem os atletas da
MSI. Leão foi orientado a começar a fazer a "limpeza."
Carlos Alberto disse ter propostas de Internacional, Cruzeiro e Fluminense. O meia
tem contrato com o Corinthians até janeiro de 2010.
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