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Falcão nega agressão a jogador espanhol
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia após obter o título de
campeão mundial de futsal e o
prêmio de melhor jogador do
mundo, Falcão, 31, negou que
tenha dado soco ou tapa no espanhol Álvaro, após o fim da
decisão entre Brasil e Espanha.
Notícias divulgadas ontem
afirmavam que o jogador brasileiro teria agredido Álvaro no
rosto enquanto o espanhol
cumprimentava Ciço pela conquista do título.
"Eu achei que ia ser agredido,
então, houve uma troca de empurrões, mas não chegou a ter
soco, tapa, nada disso", minimizou Falcão, que afirmou ter sido provocado após o gol de empate da Espanha, enquanto estava sentado no banco, colocando gelo em seu joelho lesionado durante a partida.
"Os jogadores passavam no
banco e me provocavam. Diziam que eu estava pipocando
por não estar jogando. Nunca
enfrentei o Álvaro. Não entendi
porque a provocação partiu dele. Então, quando o Franklin
pegou o pênalti [que deu a vitória ao Brasil], eu fui na frente
dos espanhóis e provoquei
também", explicou o ala.
Ontem, Falcão foi ao hospital
Albert Einstein, em São Paulo,
para passar por uma ressonância magnética no joelho esquerdo, machucado durante a
final. A lesão ocorreu em uma
dividida com o espanhol Kike.
"Senti dor à noite, acordei
com o joelho muito inchado e
isso me deixou preocupado",
declarou Falcão.
O exame concluiu que ele
não terá que se submeter a uma
intervenção cirúrgica.
"Nunca tive uma lesão séria.
Seria muito triste se isso ocorresse justamente por causa da
final do Mundial. Mas, ainda
bem que não foi dessa forma.
Só de não ter de passar por cirurgia já está ótimo. Então, foi
mais uma vitória na minha carreira", comemorou o jogador.
Segundo André Pedrinelli,
médico da seleção brasileira,
que o acompanhou nos exames,
Falcão deve voltar a jogar dentro de dois ou três meses. O tratamento inclui fisioterapia, anti-inflamatórios e repouso.
A cada 15 dias, ele passará por
novos exames. Nas seis primeiras semanas, usará muletas.
Mesmo tendo de passar por
essa recuperação, Falcão já faz
planos para o futuro. Sua meta
é permanecer na seleção por
mais um ou dois anos.
"Agora, que já tenho o título
mundial, quero participar dessa transição para a nova geração que está chegando à seleção. Vai ser importante dar suporte e passar experiência para
esses novos jogadores", disse.
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