UOL


São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Time fecha em baixa ciclo de 12 jogos, prazo estipulado para "achar cara"

Tropeços da seleção fazem ruir a "profecia" de Parreira

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Só depois de dez ou 12 jogos a seleção vai ter a minha cara." Carlos Alberto Parreira disse essa frase em abril. Pelo que aconteceu depois, deve estar arrependido.
O prazo para o Brasil atuar como queria o seu técnico acabou anteontem, quanto o time empatou, em Curitiba, com o Uruguai em 3 a 3, justamente na 12ª partida sob o comando de Parreira.
E, pelo retrospecto, a cara da equipe nacional é hoje bem feia.
Nas eliminatórias, o time vai terminar o ano no terceiro posto (estava em primeiro semana passada), com oito pontos em quatro jogos, em performance idêntica no mesmo número de partidas iniciais da desastrosa campanha no qualificatório para 2002.
Em 12 partidas no ano, foram apenas cinco vitórias, o que significa um aproveitamento de 42%. Como comparação, na trágica temporada de 2001, quando o Brasil correu sério risco de não conseguir vaga para a Copa da Coréia e Japão, a marca foi quase igual à atual -40%.
O time de Parreira também está longe do equilíbrio tão desejado por seu chefe. Na defesa, o jogo aéreo é um tormento. "O que temos de corrigir, está muito claro, são essas jogadas de bola aérea dentro da área", reconhece o treinador brasileiro.
No ataque o panorama não é diferente. Em 12 jogos, foram só 15 gols. "Estatística não serve para nada, não muda resultado de jogo, mas foram 27 finalizações e dez oportunidades de gols que normalmente os jogadores que nós temos não perdem", disse Parreira sobre o desempenho ofensivo contra os uruguaios, em discurso parecido com o utilizado em toda a temporada. A falta de pontaria, para o técnico, justifica o baixo número de gols.
Para os jogadores, a cara da seleção não é tão feia. Depois de falhar no primeiro gol uruguaio, o zagueiro Roque Júnior elogiou o sistema defensivo. Para o jogador do inglês Leeds, os adversários só fazem gols em jogadas aérea no Brasil por não conseguirem penetrar na zaga nacional por baixo.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Previsão, agora, é de "emoções" até a Copa-2006
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.