São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 2005

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VÔLEI

Seleção feminina conquista Copa do Campeões, fecha ano com seis títulos e vê equipe renovada impor dinastia inédita

Brasil supera Coréia e coroa 2005 perfeito

Issei Kato/Reuters
Sheilla (esq.) e Fabiana carregam a líbero Fabi na celebração da vitória que significou o inédito título da Copa dos Campeões, no Japão


TALES TORRAGA
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova realidade da seleção brasileira feminina de vôlei escreveu ontem seu mais vitorioso capítulo. O time de José Roberto Guimarães bateu a Coréia do Sul por 3 sets a 0 no ginásio Rainbow Hall, em Nagoya (Japão), e conquistou, invicto, pela primeira vez, o título da Copa dos Campeões. Foi o sexto triunfo em seis torneios no ano.
A temporada de maior êxito na história do vôlei feminino brasileiro engloba também títulos no Torneio de Courmayeur, na Copa Masters, no Grand Prix (versão feminina da Liga Mundial), no Classificatório para o Mundial e no Sul-Americano. Ao todo, a equipe jogou 38 vezes no ano, com 36 vitórias. As duas derrotas foram sofridas para a China, atual campeã olímpica, no Grand Prix.
O Brasil, porém, deu o troco na estréia da Copa dos Campeões com uma vitória sobre as chinesas por 3 sets a 2, de virada.
Mais fraca equipe da competição, a Coréia do Sul não ofereceu resistência às brasileiras, que entraram em quadra com a taça praticamente garantida após a vitória, no sábado, sobre os EUA.
Superior em todos os fundamentos, o time de Zé Roberto levou 1 hora e 15 minutos para fechar a partida de ontem, com parciais de 25/19, 25/18 e 25/20. A seleção faturou US$ 300 mil (cerca de R$ 650 mil) com o título.
Apesar de comemorar a bem-sucedida campanha, o técnico foi cauteloso ao analisar a dinastia verde-amarela em 2005. "Elas estão de parabéns, mas eu não acredito em limites. Quero ultrapassá-los. Conquistamos um título inédito, mas toda a preparação visa à medalha olímpica em 2008", falou o treinador, campeão pela 11ª vez com a seleção feminina.
Apostando em uma equipe renovada -apenas Valeskinha, Sassá e Fabiana fizeram parte do grupo que não subiu ao pódio nos Jogos de Atenas-04-, Zé Roberto trocou veteranas como Fernanda Venturini, Virna (aposentadas da seleção nacional), Fofão e Walewska por atletas de pouca experiência no time principal, como a levantadora Carol, a ponta Jaqueline e a central Carol Gattaz.
A postura "guerreira" cobrada pelo treinador foi correspondida. Em vez de antigas vaidades, união. "Só de olhar já sabemos o que a outra pensa", falou a oposto Sheilla, escolhida a melhor atleta da Copa dos Campeões. Jaqueline, que chegou a chorar após bronca de Zé Roberto contra a Polônia, concorda: "A gente sempre se ajuda. E isso conta muito".

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