São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2006

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Campeão coloca a mão no bolso para ter equipe forte em 2007

Para renovar com Muricy e Mineiro, clube deve "burlar" teto salarial do elenco

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Passada a euforia do título, o São Paulo quer voltar a brilhar internacionalmente. Mas para cumprir o seu objetivo, a diretoria do Morumbi sabe que vai ter de colocar a mão no bolso.
E o motivo é simples. Duas das peças consideradas fundamentais ficam sem vínculo com o clube a partir de dezembro: o técnico Muricy Ramalho, comandante do tetra, e o volante Mineiro, considerado imprescindível para manter o São Paulo forte em 2007.
Sem Fabão, de saída para o Kashima Antlers, e Danilo, que deve seguir o companheiro no Japão, a política a ser adotada agora é a de valorização.
A estratégia, no entanto, deve burlar o teto salarial projetado em até R$ 150 mil -à exceção do goleiro Rogério que fatura pouco mais do que o dobro desse valor mensalmente.
Para essa tarefa, o próprio presidente Juvenal Juvêncio vai encabeçar as negociações.
"O Muricy tem um estilo de trabalho que gosto muito. É uma pessoa honesta, que gosta do que faz e não é uma vedete. Temos muito em comum", falou o dirigente, que admite prorrogar o contrato por até duas temporadas com uma proposta atraente.
O próprio Muricy foi direto no assunto. "Dos técnicos de ponta que estão aí eu sou o que ganha menos. Mas acho que a valorização vai vir naturalmente no São Paulo", falou.
No caso de Mineiro, a situação é parecida. O jogador que chegou sem holofotes ao clube se transformou em ídolo.
Como o impasse permanece há algum tempo, o presidente também anunciou que vai tratar do caso pessoalmente.
"Eu tenho um poder de negociação muito forte. O Mineiro não renovou porque ainda não ofereci o algo a mais que o fará ficar", comentou Juvêncio.
O acordo de quatro temporadas agrada o atleta de 31 anos. O que emperra o acerto, porém, é um pequeno aumento na oferta salarial e luvas mais generosas.
Mineiro não esconde que o ano de 2006 foi ainda melhor em termos de projeção, já que participou da Copa do Mundo.
Respaldado pelo gol do título do Mundial de Clubes contra o Liverpool, o volante se tornou mais decisivo de janeiro para cá. Ele marcou oito gols na temporada, mais da metade do que têm os artilheiros do time no ano: 15 tentos.
Sobre reforços, o discurso da diretoria é que o clube não precisa de muita mão-de-obra para melhorar o plantel.
Dos cinco nomes elencados pelo diretor de futebol João Paulo Jesus Lopes para compensar as perdas de Danilo e Fabão, o lateral-esquerdo Jadílson, que veio do Goiás, deve ser apresentado esta semana.
O São Paulo segue atrás de Dagoberto, do Atlético-PR, mas Thiago só aceita uma troca se for para a Europa.
Já o nome de Adaílton veio à tona por um descuido durante entrevista de Juvenal Juvêncio. O presidente, porém, confirmou o interesse no atleta.


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