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Campeão coloca a mão no bolso para ter equipe forte em 2007
Para renovar com Muricy e Mineiro, clube deve "burlar" teto salarial do elenco
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Passada a euforia do título, o
São Paulo quer voltar a brilhar
internacionalmente. Mas para
cumprir o seu objetivo, a diretoria do Morumbi sabe que vai
ter de colocar a mão no bolso.
E o motivo é simples. Duas
das peças consideradas fundamentais ficam sem vínculo com
o clube a partir de dezembro: o
técnico Muricy Ramalho, comandante do tetra, e o volante
Mineiro, considerado imprescindível para manter o São
Paulo forte em 2007.
Sem Fabão, de saída para o
Kashima Antlers, e Danilo, que
deve seguir o companheiro no
Japão, a política a ser adotada
agora é a de valorização.
A estratégia, no entanto, deve
burlar o teto salarial projetado
em até R$ 150 mil -à exceção
do goleiro Rogério que fatura
pouco mais do que o dobro desse valor mensalmente.
Para essa tarefa, o próprio
presidente Juvenal Juvêncio
vai encabeçar as negociações.
"O Muricy tem um estilo de
trabalho que gosto muito. É
uma pessoa honesta, que gosta
do que faz e não é uma vedete.
Temos muito em comum", falou o dirigente, que admite
prorrogar o contrato por até
duas temporadas com uma
proposta atraente.
O próprio Muricy foi direto
no assunto. "Dos técnicos de
ponta que estão aí eu sou o que
ganha menos. Mas acho que a
valorização vai vir naturalmente no São Paulo", falou.
No caso de Mineiro, a situação é parecida. O jogador que
chegou sem holofotes ao clube
se transformou em ídolo.
Como o impasse permanece
há algum tempo, o presidente
também anunciou que vai tratar do caso pessoalmente.
"Eu tenho um poder de negociação muito forte. O Mineiro
não renovou porque ainda não
ofereci o algo a mais que o fará
ficar", comentou Juvêncio.
O acordo de quatro temporadas agrada o atleta de 31 anos. O
que emperra o acerto, porém, é
um pequeno aumento na oferta
salarial e luvas mais generosas.
Mineiro não esconde que o
ano de 2006 foi ainda melhor
em termos de projeção, já que
participou da Copa do Mundo.
Respaldado pelo gol do título
do Mundial de Clubes contra o
Liverpool, o volante se tornou
mais decisivo de janeiro para
cá. Ele marcou oito gols na temporada, mais da metade do que
têm os artilheiros do time no
ano: 15 tentos.
Sobre reforços, o discurso da
diretoria é que o clube não precisa de muita mão-de-obra para melhorar o plantel.
Dos cinco nomes elencados
pelo diretor de futebol João
Paulo Jesus Lopes para compensar as perdas de Danilo e
Fabão, o lateral-esquerdo Jadílson, que veio do Goiás, deve
ser apresentado esta semana.
O São Paulo segue atrás de
Dagoberto, do Atlético-PR, mas
Thiago só aceita uma troca se
for para a Europa.
Já o nome de Adaílton veio à
tona por um descuido durante
entrevista de Juvenal Juvêncio. O presidente, porém, confirmou o interesse no atleta.
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