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FUTEBOL
Luxemburgo e Robinho ficam sem helicóptero e, assim como Deivid, acabam fora da entrega do troféu oficial do Brasileiro
Santos ergue a taça, mas astros não vêem
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Após um Brasileiro cheio de
percalços, até a comemoração do
bicampeonato do Santos na Vila
Belmiro ficou desfalcada.
Os dois artilheiros e o mentor da
conquista não puderam participar da volta olímpica no gramado
do estádio ontem à tarde.
A entrega da taça oficial do Nacional não contou com a presença
dos atacantes Robinho e Deivid e
do técnico Vanderlei Luxemburgo. A ausência de Robinho e Luxemburgo se deveu à entrega dos
prêmios da revista "Placar", à tarde, nos estúdios da TV Record.
O planejamento era que ambos
chegassem a Santos de helicóptero, expediente utilizado com sucesso para trazer Léo e Ricardinho, também premiados, à Vila
Belmiro. Um atraso, porém, impediu que o atacante e o treinador
participassem da festa.
Já Deivid, co-artilheiro da equipe ao lado de Robinho (21 gols),
teve que viajar à França para não
perder seu visto de trabalho na
Europa. O atacante tem contrato
com o Santos até junho de 2005,
mas não iniciou uma renovação.
Ontem, ele declarou ter mantido conversas telefônicas com dirigentes do Corinthians.
Para o presidente Marcelo Teixeira, as ausências das estrelas do
Brasileiro não empanaram o brilho da comemoração.
"São compromissos que nós temos que respeitar. Mas conseguimos ter a maioria dos 48 profissionais da equipe, e é isso o que
importa", disse o dirigente, que
também ocupava o cargo no título brasileiro de 2002.
A entrega do troféu de aço da
CBF, marcada para as 18h, começou com um atraso de 40 minutos. A taça só foi entregue ontem
porque a CBF a manteve em sua
sede, no Rio. Por conta do torneio
de pontos corridos, Santos e Atlético-PR chegaram a última rodada com chances de título.
Dessa forma, a entidade alegou
que não podia levar o troféu para
São José do Rio Preto ou Curitiba.
Anteontem, no interior paulista, a
taça entregue aos santistas foi a
Governador do Estado, oferecida
pela FPF.
Na cerimônia de ontem, primeiro foram chamados ao palco
montado no centro do gramado
os representantes da CBF: o presidente em exercício Nabil Abi Chedid, o secretário-geral Marco Antônio Teixeira e o diretor técnico
Virgílio Elísio.
Depois, os santistas entraram
no gramado, a começar pelo presidente e diretores. Posteriormente subiram a comissão técnica e,
enfim, os jogadores.
Das mãos de Abi Chedid, a taça
foi passada ao presidente santista,
que a entregou a Ricardinho, capitão do time santista. Foi a senha
para o início da festa.
"Quem sabe amanhã eles não
arrumam uma outra taça para a
gente? Todo dia é dia de levantar
taça", brincou o capitão Ricardinho, antes de subir ao palanque.
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