São Paulo, terça-feira, 21 de dezembro de 2004

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FUTEBOL

Luxemburgo e Robinho ficam sem helicóptero e, assim como Deivid, acabam fora da entrega do troféu oficial do Brasileiro

Santos ergue a taça, mas astros não vêem

MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Após um Brasileiro cheio de percalços, até a comemoração do bicampeonato do Santos na Vila Belmiro ficou desfalcada.
Os dois artilheiros e o mentor da conquista não puderam participar da volta olímpica no gramado do estádio ontem à tarde.
A entrega da taça oficial do Nacional não contou com a presença dos atacantes Robinho e Deivid e do técnico Vanderlei Luxemburgo. A ausência de Robinho e Luxemburgo se deveu à entrega dos prêmios da revista "Placar", à tarde, nos estúdios da TV Record.
O planejamento era que ambos chegassem a Santos de helicóptero, expediente utilizado com sucesso para trazer Léo e Ricardinho, também premiados, à Vila Belmiro. Um atraso, porém, impediu que o atacante e o treinador participassem da festa.
Já Deivid, co-artilheiro da equipe ao lado de Robinho (21 gols), teve que viajar à França para não perder seu visto de trabalho na Europa. O atacante tem contrato com o Santos até junho de 2005, mas não iniciou uma renovação.
Ontem, ele declarou ter mantido conversas telefônicas com dirigentes do Corinthians.
Para o presidente Marcelo Teixeira, as ausências das estrelas do Brasileiro não empanaram o brilho da comemoração.
"São compromissos que nós temos que respeitar. Mas conseguimos ter a maioria dos 48 profissionais da equipe, e é isso o que importa", disse o dirigente, que também ocupava o cargo no título brasileiro de 2002.
A entrega do troféu de aço da CBF, marcada para as 18h, começou com um atraso de 40 minutos. A taça só foi entregue ontem porque a CBF a manteve em sua sede, no Rio. Por conta do torneio de pontos corridos, Santos e Atlético-PR chegaram a última rodada com chances de título.
Dessa forma, a entidade alegou que não podia levar o troféu para São José do Rio Preto ou Curitiba. Anteontem, no interior paulista, a taça entregue aos santistas foi a Governador do Estado, oferecida pela FPF.
Na cerimônia de ontem, primeiro foram chamados ao palco montado no centro do gramado os representantes da CBF: o presidente em exercício Nabil Abi Chedid, o secretário-geral Marco Antônio Teixeira e o diretor técnico Virgílio Elísio.
Depois, os santistas entraram no gramado, a começar pelo presidente e diretores. Posteriormente subiram a comissão técnica e, enfim, os jogadores.
Das mãos de Abi Chedid, a taça foi passada ao presidente santista, que a entregou a Ricardinho, capitão do time santista. Foi a senha para o início da festa.
"Quem sabe amanhã eles não arrumam uma outra taça para a gente? Todo dia é dia de levantar taça", brincou o capitão Ricardinho, antes de subir ao palanque.


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