MARÍLIA RUIZ
da Reportagem Local

Aventura controlada, natureza, antiestresse, convívio e viagens são alguns dos benefícios encontrados pelos praticantes de mergulho. Mas essa tranquilidade é para poucos. Além do custo dos cursos, a prática desse esporte requer equipamentos e viagens, que são caros.
Só no Brasil são dezenas de operadoras e escolas que alugam equipamentos completos e programam cursos e viagens para aventuras submersas.
O curso de mergulho autônomo básico, composto por aulas teóricas e práticas, habilita o aluno a mergulhos recreacionais com segurança.
Os cursos são intensivos e deixam os interessados a par de todos os procedimentos fundamentais para manter a segurança da atividade.
Ao entrar na piscina em que são ministradas as aulas, o primeiro passo é superar o estranhamento de respirar em baixo d"água. "A respiração ofegante pela boca incomoda no começo", comentou o aluno Aleksas Vaitkunas.
As dificuldades mais comuns apontadas pelo instrutor André Líbio, da Acquamar, são, ao estar submerso, expulsar água de dentro da máscara (que inunda se estiver mal ajustada) e controlar a flutuabilidade -para não subir, nem descer, rapidamente.
Para obter a certificação de nível básico, o aluno deve ser aprovado tanto no teste teórico, como no prático. Além disso, deve passar por uma avaliação física e assinar um termo assumindo os riscos da prática do mergulho.
Segundo os especialistas em medicina hiperbárica, o mergulho não é recomendado para mulheres grávidas, para quem tem labirintite aguda, epilepsia, portadores de certas cardiopatias, como hipertensão, ou doenças respiratórias graves.

Medicina hiperbárica
Sob a água, o corpo humano sofre uma pressão maior do que em terra. A medicina hiperbárica estuda exatamente as alterações na adaptação do organismo em ambientes com pressão aumentada. Este ramo da ciência começou a desenvolver-se no começo do século 20, quando os equipamentos permitiram alcançar maiores profundidades.
No corpo humano sob os efeitos dessa pressão, sofrem as cavidades aéreas, como os pulmões e o ouvido médio. Entre os problemas que podem surgir, os mais frequentes são os barotraumas.

Pretensão
Quem estiver pretendendo se matricular em um cursos de mergulho deve preparar o bolso. Além de pagar pelo curso, que não sai por menos de R$ 200, o pretendente deve estar disposto agastar mais ou menos essa quantia pelos equipamentos pessoais (máscara, nadadeiras, cinto de lastro e snorkel) e, ainda, arcar com as despesas da viagem do check out (batismo).

Invenção
O mergulho autônomo, em que o mergulhador carrega seu suprimento de ar num cilindro de aço ou alumínio, só virou realidade quando o oceanógrafo francês Jacques Cousteau inventou o equipamento de mergulho convencional ("aqualung") em 1943.


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