|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AUTOMOBILISMO
Após anunciar pacote radical na semana passada, entidade faz ajustes para tentar agradar montadoras
FIA recua, mas bane eletrônica em 2003
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Seis dias depois de anunciar um
pacote com mudanças radicais
para a F-1, a FIA recuou e deu ontem sua palavra final sobre as modificações que serão introduzidas
na categoria após um encontro
entre seu Conselho Técnico e dirigentes das equipes em Londres.
Pressionada pelas montadoras,
a entidade máxima do automobilismo resolveu suavizar as alterações no regulamento, que começam a valer nesta temporada.
A justificativa apresentada pela
FIA é de que os times não economizariam dinheiro para realizar
as modificações. Pelo contrário,
acabariam gastando ainda mais.
A única mudança que entra em
vigor antes do início do Mundial,
dia 9 de março, na Austrália, é a
proibição da telemetria ativa.
A telemetria convencional, em
que as equipes monitoram o desempenho dos carros, será permitida até 2004, já que os times alegam não poder eliminá-la a tempo do início do campeonato.
A proibição do controle de tração, de largada e do câmbio automático começa a valer no GP da Inglaterra, dia 20 de julho.
O fim de qualquer tipo de comunicação via rádio durante as
corridas, que havia gerado protestos, especialmente do pentacampeão Michael Schumacher, foi alterada. A FIA liberou o uso do rádio, mas com a condição de que ele seja um sistema isolado dos
demais e que não consiga transmitir outro tipo de informação
-além de inibir o jogo de equipe,
a explicação para seu banimento
era a de que poderia ser usado como substituto da telemetria ativa.
A entidade determinou ainda
que as conversas via rádio terão
que ser abertas para seus fiscais e
para a TV. Além disso, a FIA estuda a possibilidade de liberar essas
conversas para o público nas arquibancadas, o que é já é comum
em categorias como Indy e IRL.
A necessidade de manter os carros "trancados" no Parc Fermé
entre o fim do treino de sábado e a
corrida, no domingo, também foi
relaxada. Os monopostos poderão ficar nas garagens, mas o trabalho neles será limitado. Qualquer modificação mais profunda
exigirá autorização dos fiscais.
A proibição do uso de carro reserva também mereceu explicações. Ele poderá ser utilizado caso
não haja como consertar o carro
titular. Além disso, terá que largar
obrigatoriamente dos boxes.
A FIA, no entanto, preferiu não
entrar em detalhes de como será o
regulamento para as suas outras
propostas, como a necessidade de
um mesmo motor durar duas
corridas em 2005 e seis em 2006.
Texto Anterior: Futebol - Tostão: O poeta da bola Próximo Texto: Panorâmica - Automobilismo: Schumacher bate na volta das férias Índice
|