São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2000


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BASQUETE
Espanhola é indicada para apitar no torneio masculino de Sydney-2000
Olimpíada deve ter primeira juíza

das agências internacionais

A Olimpíada deste ano, na cidade australiana de Sydney, deve ter, pela primeira vez na história, uma juíza em jogos do torneio masculino de basquete.
Pilar Landeira, que há dez anos apita partidas da primeira divisão espanhola, foi indicada pela federação daquele país para atuar nos Jogos Olímpicos.
"Nunca houve uma mulher comandando um jogo masculino em um campeonato de grande porte. Nada foi decidido ainda, mas existe uma boa possibilidade de ela ser a primeira", declarou um porta-voz da Fiba, a Federação Internacional de Basquete.
As chances de Landeira apitar uma partida de homens em Sydney crescem, segundo a Fiba, porque a Espanha só se classificou para a competição masculina.
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta-96, EUA e Canadá tiveram representantes femininas na arbitragem, mas elas só atuaram em partidas do torneio feminino.
A espanhola Landeira, ao comentar a notícia, mostrou-se entusiasmada com a possibilidade de dirigir um jogo da seleção dos EUA. "Seria um sonho ter a responsabilidade de apitar um jogo do Dream Team (Time dos Sonhos) dos Estados Unidos, mas só o fato de fazer parte dos Jogos Olímpicos já seria uma honra."
O COI (Comitê Olímpico Internacional), que ontem premiou a Fiba com o troféu "Mulher e Esporte", afirmou que a entidade máxima do basquete está se destacando ao encorajar a participação feminina no esporte e também "fazendo esforço especial para incluir mais mulheres em posições de comando".
A Folha entrou em contato com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) para saber quem foram os árbitros indicados pelo Brasil para a Olimpíada.
A assessoria de imprensa da entidade afirmou que o Departamento Técnico estava em reunião e não podia dar a informação.
O Brasil só estará em Sydney com sua seleção feminina, pois a masculina não obteve a classificação no Pré-Olímpico, em Porto Rico, no ano passado -EUA e Canadá ficaram com as duas vagas oferecidas às Américas.
O presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, havia dito à Folha, antes do início do Nacional masculino, em janeiro, que uma das novidades do campeonato seria a arbitragem feminina. Mas até agora, passadas sete rodadas, isso ainda não aconteceu.
No Campeonato Paulista, Tatiana Steigerwald e Fátima Aparecida da Silva já atuam em partidas masculinas há dois anos.


Com a Reportagem Local

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