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Fracasso na Copa altera planejamento do judô
Anúncio dos titulares de Pequim será antecipado
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco meses depois de seu
melhor resultado na história,
com três medalhas de ouro e
uma de bronze no Campeonato
Mundial, e a seis meses dos Jogos Olímpicos, o judô brasileiro
acendeu a luz de alerta.
No intervalo, considerando
apenas as sete classes de peso
olímpicas, os atletas nacionais
que participaram dos principais eventos do mundo foram
da liderança no quadro de medalhas do Campeonato Mundial a uma modesta medalha de
bronze em 28 tentativas.
O pífio desempenho da equipe que participou das primeiras
etapas européias da Copa do
Mundo, válidas como seletiva
nacional para os Jogos da China, motivou a comissão técnica
a antecipar algumas etapas da
programação olímpica.
Inicialmente, uma corrente
dentro da CBJ (Confederação
Brasileira de Judô) desejava
anunciar a equipe após a etapa
da Copa no Brasil, no início de
maio. Agora, a decisão é revelar
os nomes bem mais cedo, para
os selecionados passarem antes
aos treinamentos sob o controle da comissão técnica da equipe nacional. A data provável é
11 de março.
A avaliação da comissão é
que foi um erro realizar só uma
semana de treinos com a seleção reunida, antes da viagem
para as etapas da Copa. Os profissionais da CBJ crêem que os
judocas deveriam ter se apresentado em melhores condições físicas e técnicas.
"Foi muito ruim", resumiu o
coordenador técnico da CBJ,
Ney Wilson, sobre a participação dos brasileiros na Copa do
Mundo até o momento. Ele enfatizou que foi o pior desempenho da equipe na Europa sob o
comando da atual comissão
técnica (desde 2001).
O susto fez o dirigente se reunir com os atletas depois do primeiro ciclo de competições,
que compreendeu a Supercopa
de Paris, a Copa de Viena (para
homens) e a Copa de Budapeste
(para mulheres). "Discutimos
alguns pontos, notamos que o
nível dos torneios está muito
forte. Mas o Brasil tem que entrar sempre buscando medalhas", falou Wilson.
Contudo, ele pondera que
não conta com uma produção
muito melhor do segundo grupo -que começa hoje seu ciclo
de competições, na Supercopa
de Hamburgo. "Não devemos
esperar tanto do segundo grupo. Mas alguns podem chegar
bem, afinal tiveram mais tempo de preparação."
Como conseqüência da correção de planejamento, o Aberto de Nova York, que deveria
servir apenas como "tira teima"
em classes de peso com disputas mais parelhas, pode servir
como segunda chance para alguns atletas que não conseguiram um bom desempenho nas
primeiras etapas da Copa.
O problema é que há quatro
judocas da equipe que não têm
visto para os EUA.
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