São Paulo, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

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Fracasso na Copa altera planejamento do judô

Anúncio dos titulares de Pequim será antecipado

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco meses depois de seu melhor resultado na história, com três medalhas de ouro e uma de bronze no Campeonato Mundial, e a seis meses dos Jogos Olímpicos, o judô brasileiro acendeu a luz de alerta.
No intervalo, considerando apenas as sete classes de peso olímpicas, os atletas nacionais que participaram dos principais eventos do mundo foram da liderança no quadro de medalhas do Campeonato Mundial a uma modesta medalha de bronze em 28 tentativas.
O pífio desempenho da equipe que participou das primeiras etapas européias da Copa do Mundo, válidas como seletiva nacional para os Jogos da China, motivou a comissão técnica a antecipar algumas etapas da programação olímpica.
Inicialmente, uma corrente dentro da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) desejava anunciar a equipe após a etapa da Copa no Brasil, no início de maio. Agora, a decisão é revelar os nomes bem mais cedo, para os selecionados passarem antes aos treinamentos sob o controle da comissão técnica da equipe nacional. A data provável é 11 de março.
A avaliação da comissão é que foi um erro realizar só uma semana de treinos com a seleção reunida, antes da viagem para as etapas da Copa. Os profissionais da CBJ crêem que os judocas deveriam ter se apresentado em melhores condições físicas e técnicas.
"Foi muito ruim", resumiu o coordenador técnico da CBJ, Ney Wilson, sobre a participação dos brasileiros na Copa do Mundo até o momento. Ele enfatizou que foi o pior desempenho da equipe na Europa sob o comando da atual comissão técnica (desde 2001).
O susto fez o dirigente se reunir com os atletas depois do primeiro ciclo de competições, que compreendeu a Supercopa de Paris, a Copa de Viena (para homens) e a Copa de Budapeste (para mulheres). "Discutimos alguns pontos, notamos que o nível dos torneios está muito forte. Mas o Brasil tem que entrar sempre buscando medalhas", falou Wilson.
Contudo, ele pondera que não conta com uma produção muito melhor do segundo grupo -que começa hoje seu ciclo de competições, na Supercopa de Hamburgo. "Não devemos esperar tanto do segundo grupo. Mas alguns podem chegar bem, afinal tiveram mais tempo de preparação."
Como conseqüência da correção de planejamento, o Aberto de Nova York, que deveria servir apenas como "tira teima" em classes de peso com disputas mais parelhas, pode servir como segunda chance para alguns atletas que não conseguiram um bom desempenho nas primeiras etapas da Copa.
O problema é que há quatro judocas da equipe que não têm visto para os EUA.


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