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FUTEBOL
Donos de ataques badalados, São Paulo e Corinthians estão entre os cinco times que menos fazem desarmes no Paulista
Defesas "frouxas" atormentam finalistas
DA REPORTAGEM LOCAL E
DOS ENVIADOS A EXTREMA
Com a presença de dois dos
mais badalados ataques do futebol brasileiro em campo, a perspectiva é a de que Corinthians e
São Paulo repitam o que fizeram
no primeiro jogo: muitos gols.
Porém a chave para a que isso
ocorra não está no rendimento do
setor ofensivo, mas, sim, na eficiência -ou, nesse caso, ineficiência- defensiva das equipes.
Tanto o time do Morumbi como o do Parque São Jorge não
têm como característica uma
marcação dura.
De acordo com o Datafolha,
são-paulinos e corintianos estão
entre os cinco times do Paulista
que menos fazem desarmes.
A equipe comandada por Geninho ocupa a 17ª posição no ranking dos times que mais "mordem", com uma média de 117 desarmes por partida.
O São Paulo tem desempenho
ainda pior que o arqui-rival neste
fundamento: 112,1 desarmes por
jogo no Estadual -é a segunda
pior média, superior apenas à da
rebaixada Inter de Limeira.
Os setores defensivos dos dois
clubes são bem mais mais "frouxos" do que o do líder do ranking,
a Portuguesa Santista -a equipe
do técnico Pepe teve média de
138,1 desarmes por jogo.
Por conta da marcação menos
constante, a média de gols sofridos dor jogo dos finalistas é alta:
1,1 do São Paulo, e 1,4 do Corinthians. A da Portuguesa Santista,
por exemplo, é de 0,89 por confronto neste Paulista.
Outro indício da falta de pegada
característica dos finalistas deste
Paulista é constatado no ranking
individual dos jogadores que
mais fazem desarmes.
De todos os corintianos e são-paulinos que participaram de jogos pelo Estadual, apenas um
aparece entre os 20 maiores "ladrões" de bola: Anderson. O zagueiro do Corinthians faz, em
média, 19,8 desarmes por duelo.
Como comparação, o Guarani
-segundo time que mais rouba
bolas, com média de 138 desarmes- têm três jogadores entre os
20 melhores nesse ranking, incluindo o zagueiro Paulão, líder
em desarmes (24,3 por partida).
Para o técnico Geninho, a falta
de "pegada" de sua equipe não é
um defeito, mas reflexo da forma
com que ele quer ver o Corinthians jogando, com a saída de
bola mais "verticalizada", sem
muitos toques para chegar ao gol
adversário. "Desde que cheguei
aqui procuro implantar mais rapidez no estilo de jogo", diz.
No São Paulo, uma das maiores
preocupações do técnico Oswaldo de Oliveira durante a preparação de seu time em Extrema (MG)
foi justamente a forma de atuação
do setor defensivo.
Nos dois coletivos realizados
nesta semana, Oliveira se esmerou em arrumar a defesa, dando
atenção especial ao lado direito.
O lateral Gabriel, que, apesar de
recuperação do titular Leonardo,
foi escolhido para começar a partida, terá a tarefa de marcar o atacante Gil, e Júlio Baptista será a
"sombra" de Kléber.
(EDUARDO ARRUDA, LÚCIO RIBEIRO, PAULO GALDIERI
E RODRIGO BERTOLOTTO)
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