DA REPORTAGEM LOCAL

Com a desvantagem do Palmeiras em relação ao número de cartões após o clássico de ontem, o técnico Wanderley Luxemburgo resolveu atacar o juiz do jogo de ontem, Paulo César de Oliveira.
Segundo Luxemburgo, apesar de ter tido uma atuação "excelente", Oliveira acabou "prejudicando" sua equipe.
Os são-paulinos levam para a partida do próximo sábado a vantagem de terem recebido um cartão a menos do que o rival -três contra dois do Palmeiras.
Em caso de novo empate entre os dois clubes, a vaga na final será decidida pelo menor número de cartões vermelhos e amarelos, respectivamente, distribuídos nos jogos semifinais.
"Os cartões recebidos pelos meus jogadores foram merecidos, mas acho que o Belletti deveria ter levado o cartão amarelo também", disse o técnico.
"A equipe mais indisciplinada da primeira fase [o São Paulo] vai levar vantagem. Isso é justo? O critério técnico foi deixado de lado", reclamou Luxemburgo, se dizendo perseguido pelos juízes.
"Qualquer coisa que eu falo, eles me tiram de campo. Eu acho que esses juízes não podem ficar marcando quem dá status para eles", declarou o treinador.
O técnico palmeirense disse que Oliveira o ameaçou de expulsão de campo após ele ter reclamado da demora no atendimento a Itamar, que havia se contundido, em um lance no primeiro tempo.
"O Paulo César não tem o direito de achar que é médico. Ele achou que o Itamar estava fingindo e não permitiu a entrada do médico em campo, mas ele deixou o campo com uma contusão na clavícula."
Apesar de se queixar da arbitragem, Luxemburgo considerou "justo" o resultado do clássico e elogiou a atuação de Marcos, o melhor em campo.
"É um goleiro de seleção brasileira. Na hora que precisamos dele, ele sempre aparece."
O goleiro, que não se considerou o melhor da partida de ontem, disse ser "um inferno" enfrentar o São Paulo.
"Eles cansam as pernas do goleiro, que fica correndo de um lado para o outro. Mesmo assim, consegui fazer um bom trabalho hoje", disse. (EDUARDO ARRUDA)


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