São Paulo, segunda-feira, 22 de abril de 2002

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Clube já teve um presidente contraventor

DA SUCURSAL DO RIO

O Botafogo já teve um presidente que integrou a cúpula do jogo do bicho.
No final dos anos 80, o contraventor Emil Pinheiro comandou o clube durante a histórica campanha do Campeonato Estadual do Rio de 89.
Na ocasião, o time se reforçou com o dinheiro da contravenção e quebrou o jejum de 21 anos sem títulos do clube no Estadual. No ano seguinte, o Botafogo foi bicampeão com o bicheiro no comando.
Pinheiro também foi condenado em 1993 junto com Luiz Pacheco Drummond, Castor de Andrade e outros bicheiros a seis anos de prisão por formação de quadrilha e bando armado pela Justiça do Rio.
O bicheiro morreu em julho do ano passado. Ele sofria de mal de Parkinson.
A relação entre o jogo do bicho e o futebol carioca não se resume apenas ao Botafogo.
O Bangu também foi financiado com o dinheiro da contravenção nos anos 80 e 90.
Patrocinado por Castor de Andrade, o modesto time da zona oeste do Rio de Janeiro quase foi campeão do Estadual e do Campeonato Brasileiro nos anos 80.
Na época, Castor contratou uma série de bons jogadores para o time. O zagueiro Mauro Galvão, o atacante Marinho e o goleiro Gilmar eram considerados como ""filhos" por Castor de Andrade.
Com a prisão da cúpula do jogo do bicho em 1993, o dinheiro da contravenção deixou definitivamente o Bangu.
Atualmente, o time é patrocinado pelo atacante Ronaldo, da Inter de Milão, em parceria com os seus empresários.
Para marcar a nova fase, eles tiraram o mascote do clube -um castor- da camisa do time. (SR)

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