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Gestão Marcelo Portugal Gouvêa admite que perdeu reforços como Liedson e Ricardo Oliveira
São Paulo troca mais de 50 atletas em menos de 1 ano
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Além do que herdou, o treinador Oswaldo de Oliveira já ganhou e perdeu 52 jogadores desde
que chegou ao São Paulo, em
maio passado. Obra da gestão
Marcelo Portugal Gouvêa, que
ontem completou um ano como
presidente do clube do Morumbi.
Depois de ganhar a eleição são-paulina por dois votos, Gouvêa
anunciou a intenção de renovar o
elenco com contratações de jogadores de peso, um deles estrangeiro, para voltar à Taça Libertadores, sua promessa de campanha.
"Será que nós não conseguimos
encontrar um bom zagueiro estrangeiro que custe o que o clube
possa pagar? Podemos usar o dinheiro da venda do França", disse
o presidente, crítico da defesa do
time, na ocasião de sua eleição,
que foi seguida pela conquista do
Supercampeonato Paulista.
A resposta a essa pergunta foi
dada em julho, quando foi anunciada a contratação do argentino
Ameli -que já deixou o clube.
Gouvêa levou a cabo também
uma promessa de trazer um substituto para França, que havia sido
vendido para o Bayer Leverkusen
(ALE). Contratou Luis Fabiano
-agora pensa em trazer de volta
França, já que vai vencer o empréstimo de Reinaldo, do PSG.
A sequência de "grandes nomes" foi completada com a contratação do ex-corintiano Ricardinho, em agosto passado.
Paralelamente a essas chegadas,
o novo presidente são-paulino,
também dispensou jogadores
(como Rogério Pinheiro e Souza),
mas tal atitude só foi drástica após
a eliminação no Brasileiro-2002.
"Vamos receber menos dinheiro da televisão em 2003 e temos
que cortar gastos", afirmou Gouvêa após a derrota para o Santos.
O diretor de futebol são-paulino, Carlos Augusto Barros e Silva,
calculou em R$ 10 milhões os prejuízos que o clube teria por não
chegar às finais do Nacional e por
não disputar a Libertadores-2003.
Estipulou a necessidade de cortar
30% da folha de pagamento.
Eles não estavam mentindo. Oswaldo de Oliveira já perdeu 28 jogadores. Para as lacunas chegaram 24 (17 contratados e sete juniores) -dos quais quatro engrossam a lista dos que já deixaram o clube: Ameli, Leandro, Itamar e Márcio.
Além da movimentação de atletas, o clube tratou de rediscutir os
contratos de alguns jogadores,
que estariam ganhando muito na
opinião dos dirigentes.
"Contratamos bastante porque
queremos ganhar uma competição que nos coloque de volta na
Libertadores. Nós precisamos ganhar. Estamos carentes de títulos.
Por isso há tanta pressão", disse
Barros e Silva.
Completando um ano à frente
do departamento de futebol, o dirigente fez um balanço das 52
"movimentações" de jogadores
que comandou. "Não me arrependo de ter dispensado ninguém, mas me arrependo de não
ter contratado o Ricardo Oliveira
[hoje no Santos" e o Liedson. Porque estava tudo apalavrado com o
Ricardo, não negociei mais. Depois, ele foi para o Santos e perdi o
Liedson para o Corinthians."
Com a perda do título Paulista,
novos cortes e contratações foram
promovidos. Chegaram Lugano,
Adriano, Rico, Souza e Flávio. Saíram Dill, Oliveira, Saraiva, Daniel
Rossi e Márcio Luís.
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