DA REPORTAGEM LOCAL

Kléber, 19, pai de uma filha, há quatro meses no time profissional do São Paulo, usa a oportunidade dada por Oswaldo de Oliveira como exemplo para os seus amigos de Osasco (SP), onde foi criado.
O atacante, um dos sete juniores alçados pelo treinador em janeiro, foi assaltante. Em entrevista à TV Gazeta, o jogador contou que teve "sorte de nunca ter sido preso ou baleado, como muitos de meus amigos", e que quer ser exemplo para os jovens da periferia.
Surpreso com as declarações do jogador, o supervisor de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha, disse que, apesar de ter sido uma "ousadia", a declaração não é nenhuma novidade.
"Ele não é o primeiro garoto que se envolve com problemas. O Fábio Simplício, apesar de não ter praticado delitos, também é fruto de uma sociedade difícil. O Reinaldo também, quando garoto, pegou chuteira de colegas", disse o dirigente, que defendeu o ascenso de juniores como uma política "velha e eficiente" do São Paulo.
Segundo Cunha, sempre foi uma determinação valorizar o trabalho de base. "Não é obra desta gestão. É uma tradição são-paulina." (MR)


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