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"Armado" na lei, São Paulo fica à espreita
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo já tem traçado
um arsenal jurídico (tanto
esportivo quanto comum)
para reagir aos transtornos
sofridos dentro do vestiário
do Parque Antarctica -em
que sofreu um ataque com
gás-, mas vai esperar definição do Tribunal de Justiça
Desportiva paulista.
Para tratar do assunto, a
diretoria teve duas reuniões
ao longo do dia, capitaneadas
pelo presidente Juvenal Juvêncio, que disputa hoje um
novo mandato em eleição do
Conselho Deliberativo. Seu
oponente é o ex-judoca e vereador Aurélio Miguel.
Fontes ligadas à diretoria
disseram que o clube não dará um passo antes que o TJD
tome alguma atitude.
Como o árbitro Wilson
Luiz Seneme registrou os
eventos do vestiário na súmula, a cúpula são-paulina
entende que não será preciso
pressão para que a Justiça
Desportiva aponte sanção ao
Parque Antarctica. O advogado do time, Roberto Armelin, é o encarregado de traçar
a estratégia nessa esfera.
A parte da Justiça comum
também se encaminhou ontem mesmo, quando o técnico Muricy Ramalho foi fazer
exames toxicológicos e de
corpo de delito no Instituto
Médico Legal. O técnico foi
um dos que mais sofreram
com o gás, chegando a vomitar no banco de reservas.
Ainda ontem, o fisiologista
do clube, Turíbio Leite de
Barros, e o meia Jorge Wagner declararam que o incidente prejudicou, e muito, o
time no intervalo do clássico.
"Não conseguimos fazer a
reidratação necessária programada", afirmou Turíbio.
"Temos produtos que ficam
no vestiário que são repassados aos atletas. Além disso, o
Muricy Ramalho não pôde
dar sua preleção."
Para Jorge Wagner, que
tenta se focar para o jogo de
amanhã contra o Nacional de
Medellín, a agressão foi única. "Nunca passei por isso em
dez anos como profissional.
Espero nunca mais ter que
passar por isso."
O time precisa vencer os
colombianos para avançar às
oitavas da Libertadores. Caso empate, dependerá do tropeço do chileno Audax Italiano, que encara no Paraguai o
limitado Sportivo Luqueño.
"A eliminação seria uma verdadeira tragédia, até pela importância que a Taça Libertadores tem para todos aqui
no São Paulo", ressaltou Jorge Wagner. "Depois do jogo
contra o Audax, fizemos uma
grande partida contra o Palmeiras. Podemos repetir isso." O duelo com o Nacional
será no Morumbi, às 21h50.
Enquanto o São Paulo espera, já há sugestões internas
de retaliação que envolvem
até um aluguel mais alto caso
o Palmeiras queira mandar o
jogo no Morumbi. Algo em
torno de 40% da renda, o suficiente para evitar que o estádio vire palco para os rivais
-real intenção do pedido.
Mas, segundo o assessor
especial da presidência, João
Paulo de Jesus Lopes, a diretoria não se opõe à cessão do
Morumbi. "Não há nenhum
problema em alugar o estádio ao Palmeiras, caso eles
nos paguem bem."
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