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Com numeração, Scolari protege preferidos
DOS ENVIADOS A KUALA LUMPUR
O técnico da seleção brasileira,
Luiz Felipe Scolari, deixou claro
os seus protegidos no Mundial ao
enviar ontem aos dirigentes da Fifa os números dos jogadores para
a disputa da Copa Coréia/Japão.
Supersticioso, ele fez questão de
escolher os seus números da sorte
-o 7 e o 17- para estampar nos
uniformes dos seus preferidos.
Com isso, a camisa 7 da seleção,
que foi usada por Jairzinho na Copa de 70, no México, será do volante Emerson, da Roma.
Já a 17 vai ser vestida pelo atacante Denílson, do Betis.
"Foi uma escolha minha. É uma
questão de acreditar que esses números dão sorte", declarou o técnico do Brasil, que não esconde a
sua superstição na seleção.
No ano passado, ele escalou o time com a camisa azul em alguns
jogos da Copa América por acreditar que essa cor dava sorte.
A preferência de Scolari pelo
número 7 é antiga. Já a sua opção
pelo 17 foi uma novidade.
"O 17 é o meu nome. Outro dia
vi na televisão que o 17 era a soma
do meu nome. Nunca tinha dado
conta disso. Já é um bom sinal,
né?", falou o treinador.
A escolha do número 17 para
Denílson confirma que o jogador
é o principal trunfo do técnico no
banco de reservas brasileiro durante os jogos da Copa-2002.
Destaque na vitória contra a Catalunha, por 3 a 1, no sábado, o
atacante será uma espécie de 12º
jogador da seleção.
"A 17 deixo para o Denílson,
que é um jogador diferente. Ele
entra nos jogos e muda o andamento da partida. Por isso, fiz essa
escolha", disse Scolari.
O técnico da seleção é um dos
principais responsáveis pela boa
fase de Denílson, que ficou um
tempo esquecido na seleção.
Logo ao assumir, Scolari surpreendeu ao convocar o jogador,
que estava esquecido no futebol
espanhol. Denílson foi chamado
para a disputa da Copa América,
em julho do ano passado, e um
dos poucos jogadores aprovados
pelo treinador naquele grupo, que
acabou eliminado da competição
pela seleção de Honduras.
Emerson, que também esteve
na fracassada campanha na Copa
América, é o homem de confiança
de Scolari dentro de campo.
A faixa de capitão dada por Scolari a Emerson gerou ciúme na seleção. O lateral Cafu, também da
Roma, já protestou publicamente
por ter perdido o posto. Cafu é o
mais velho do grupo e tem mais
de cem partidas pelo Brasil.
"A camisa 7 fica com o Emerson, que é o meu capitão. Não
preciso dizer mais nada", afirmou
o treinador da seleção, ao justificar a sua escolha.
Na Copa passada, o atual capitão da seleção herdou a camisa
número 11 de Romário. O jogador
foi convocado para substituir o
atacante do Vasco, cortado por
Zagallo às vésperas do início do
Mundial da França por contusão.
Outros jogadores também queriam a camisa 7 da seleção.
O zagueiro Edmílson, do Lyon,
chegou até a se manifestar publicamente antes da definição.
"Gosto muito do 7. É o número
da perfeição. É o número de
Deus", afirmou o jogador, em
Barcelona, onde a seleção treinou
na semana passada. Mesmo sem
ter conseguido esse número, o zagueiro gostou de ter sido inscrito
com a camisa 5 (Anderson Polga,
do Grêmio, vinha atuando com
ela), que era uma das opções dadas ao treinador.
(FV, JAB E SR)
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