São Paulo, domingo, 22 de maio de 2005

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GINÁSTICA

Atleta gaúcha conquista ouro no solo na França e se torna a brasileira com mais medalhas na Copa do Mundo

Daiane vence, volta à ponta do ranking e supera Daniele

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Daiane dos Santos conquistou ontem a medalha de ouro na etapa da Copa do Mundo da França e, de quebra, reassumiu a liderança do ranking mundial de solo e se tornou a brasileira com mais pódios na história da competição.
Última a se apresentar ontem no ginásio Omnisports Paris-Bercy, a ginasta gaúcha lançou mão mais uma vez da série "Brasileirinho" e do movimento acrobático que a consagrou (o duplo twist carpado) para levantar o público francês e conquistar seu sétimo ouro em etapas da Copa.
Sem grandes adversárias pela frente, Daiane tirou 9,425 -0,125 a mais do que a nota da fase de classificação-, o que foi suficiente para que obtivesse os 50 pontos destinados à vencedora e superasse Catalina Ponor na liderança do ranking mundial de solo. Até então a ginasta romena, dona de três ouros nos Jogos de Atenas-04, ostentava 414,75 pontos e tinha 14,4 de vantagem sobre a brasileira.
"Esse ouro não é só meu. É de todo mundo que trabalhou para a gente chegar até aqui, os treinadores, os dirigentes, os companheiros da seleção", afirmou Daiane.
O pódio em Paris alçou a campeã mundial à condição de brasileira mais premiada na história da Copa, que só perde em importância para o Mundial e a Olimpíada.
Agora, ela tem 11 medalhas, uma a mais do que Daniele Hypólito, que aguarda desfecho de uma negociação entre Flamengo e Confederação Brasileira de Ginástica para voltar à seleção.
Desde 23 de março de 2003, quando conquistou sua primeira medalha -um bronze, no solo, na etapa de Cottbus (Alemanha)-, Daiane já foi ao pódio na Copa em três diferentes aparelhos (solo, salto e paralelas).
Ontem, por pouco, ela não foi premiada duas vezes, já que terminou em quarto lugar a prova das paralelas, com nota 9,150.
Agora, caso não sejam convidadas para algum torneio, Daiane e a seleção devem voltar a atuar fora do país em agosto, quando ocorre a Universíade, na Turquia.
Independentemente disso, a gaúcha já definiu qual será sua prioridade. "O objetivo agora é o Mundial de Melbourne, em novembro", diz a atleta, que se mostra otimista. "A ginástica do Brasil está evoluindo. É o início do trabalho e espero que esse resultado seja sinal de um ano bom."
Apesar de não repetir o feito de 2004, quando obteve ouro e prata em Lyon, Daiane contou com a ajuda de Laís Souza, que foi ao pódio duas vezes ontem, para cumprir a meta da CBG, que investiu cerca de R$ 30 mil para a etapa em Paris e planejava voltar com pelo menos três medalhas -ainda ontem, Victor Rosa ficou em oitavo lugar na final do salto.

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