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GINÁSTICA
Atleta gaúcha conquista ouro no solo na França e se torna a brasileira com mais medalhas na Copa do Mundo
Daiane vence, volta à ponta do ranking e supera Daniele
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Daiane dos Santos conquistou
ontem a medalha de ouro na etapa da Copa do Mundo da França
e, de quebra, reassumiu a liderança do ranking mundial de solo e se
tornou a brasileira com mais pódios na história da competição.
Última a se apresentar ontem
no ginásio Omnisports Paris-Bercy, a ginasta gaúcha lançou
mão mais uma vez da série "Brasileirinho" e do movimento acrobático que a consagrou (o duplo
twist carpado) para levantar o público francês e conquistar seu sétimo ouro em etapas da Copa.
Sem grandes adversárias pela
frente, Daiane tirou 9,425 -0,125
a mais do que a nota da fase de
classificação-, o que foi suficiente para que obtivesse os 50 pontos
destinados à vencedora e superasse Catalina Ponor na liderança do
ranking mundial de solo. Até então a ginasta romena, dona de três
ouros nos Jogos de Atenas-04, ostentava 414,75 pontos e tinha 14,4
de vantagem sobre a brasileira.
"Esse ouro não é só meu. É de
todo mundo que trabalhou para a
gente chegar até aqui, os treinadores, os dirigentes, os companheiros da seleção", afirmou Daiane.
O pódio em Paris alçou a campeã mundial à condição de brasileira mais premiada na história da
Copa, que só perde em importância para o Mundial e a Olimpíada.
Agora, ela tem 11 medalhas,
uma a mais do que Daniele Hypólito, que aguarda desfecho de uma
negociação entre Flamengo e
Confederação Brasileira de Ginástica para voltar à seleção.
Desde 23 de março de 2003,
quando conquistou sua primeira
medalha -um bronze, no solo,
na etapa de Cottbus (Alemanha)-, Daiane já foi ao pódio na
Copa em três diferentes aparelhos
(solo, salto e paralelas).
Ontem, por pouco, ela não foi
premiada duas vezes, já que terminou em quarto lugar a prova
das paralelas, com nota 9,150.
Agora, caso não sejam convidadas para algum torneio, Daiane e
a seleção devem voltar a atuar fora
do país em agosto, quando ocorre
a Universíade, na Turquia.
Independentemente disso, a
gaúcha já definiu qual será sua
prioridade. "O objetivo agora é o
Mundial de Melbourne, em novembro", diz a atleta, que se mostra otimista. "A ginástica do Brasil
está evoluindo. É o início do trabalho e espero que esse resultado
seja sinal de um ano bom."
Apesar de não repetir o feito de
2004, quando obteve ouro e prata
em Lyon, Daiane contou com a
ajuda de Laís Souza, que foi ao pódio duas vezes ontem, para cumprir a meta da CBG, que investiu
cerca de R$ 30 mil para a etapa em
Paris e planejava voltar com pelo
menos três medalhas -ainda ontem, Victor Rosa ficou em oitavo
lugar na final do salto.
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