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JUCA KFOURI
Rio-São Paulo à carioca
Fluminense e Botafogo superaram o São Paulo e o Corinthians. O segundo ainda tem salvação, o primeiro, não
O SÃO PAULO esperava uma coisa e encontrou outra. Em vez
de festa e refinamento, gritaria e luta.
O Maracanã se assumiu como palco da Libertadores, e o Fluminense
mostrou uma face guerreira que teve tudo a ver com a presença do argentino Conca, em vez do sofisticado Dodô.
E o 1 a 0 do primeiro tempo saiu
até barato, porque o Flu mereceu
mais, pelo menos um gol a mais.
No segundo tempo, a história foi
outra. Completamente.
Dodô até entrou e fez gol, mas
Aloísio também entrou e mudou a
cara do jogo, ao tornar o empate inexorável ou, mais que isso, ao ser responsável pelo gol que valeria a classificação, mesmo com derrota.
Valeria, mas não valeu.
Porque, depois da falha de Rogério
Ceni no gol de Dodô e de pelo menos
três intervenções salvadoras dele
mesmo, eis que Washington, de
novo, de cabeça, fez o terceiro gol,
eliminou o tricolor paulista e classificou o carioca, após uma pressão
incrível, um torniquete que só
poderia resultar no que resultou, de
maneira dramática, mas inteiramente justa.
O São Paulo apostou tudo no tetra,
está a cinco pontos dos líderes do
Brasileirão, perderá Adriano e terá
muito o que fazer para se reequilibrar daqui para a frente.
O Flu não, o Flu tem de acreditar
que dá, apesar de o Boca Juniors estar com uma tremenda cara de que
conquistará o heptacampeonato,
como deixou claro ao enfiar 3 a 0 no
Atlas, em pleno estádio Jalisco.
A Fiel pode
Sem André Santos, principalmente, Fabinho, Carlos Alberto,
autor de lindo gol e de um pênalti
infeliz, e Lulinha, o Corinthians pode superar o Botafogo se a Fiel jogar como fez contra o Goiás.
Claro que os cariocas são melhores que os goianos, mas não estão
mesmo em bom momento e só venceram porque, além dos erros corintianos, houve a anulação do gol
legal de Chicão.
E desde que Mano Menezes não
invente Fábio Ferreira, Bóvio ou
Perdigão e, também, não ache de
culpar Vanderlei Luxemburgo por
coisas que ele, desta vez, não fez.
Si, se puede
Se o América pôde no Maracanã,
o Santos pode na Vila Belmiro. Até
para, também, desfazer a injustiça
de ter sido vítima de outra marcação criminosa de impedimento no
jogo disputado no Azteca.
Moscou contra os azuis
Não passou pela sua cabeça que
Cristiano Ronaldo perderia o pênalti que bateu contra o Chelsea?
E que o capitão Terry também
desperdiçaria o dele, o que decidiria o título da Copa dos Campeões?
Por que o futebol adora pregar
essas peças nos Zicos, Sócrates,
Platinis, Baresis, Baggios e por aí
afora, só craques? Menos mal para
o brilhante menino português que
o Manchester United não errou
mais, e Anelka colaborou, numa finalíssima que teve 1º tempo todo
dos vermelhos, o 2º dos azuis e uma
prorrogação também mais para
Londres do que para Manchester.
Mas, nos pênaltis, Moscou mostrou que ainda é vermelha, para desespero do russo Roman Abramovic, o milionário dono do Chelsea.
blogdojuca@uol.com.br
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