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JUCA KFOURI
OK, nós vencemos
Graças à firmeza desta Folha e às diversas manifestações de repúdio pelo mundo
afora, habemus credencial.
Será impossível listar todas
as pessoas e as instituições
que se manifestaram, a quem
o jornalismo independente,
em geral, e eu, pessoalmente,
devemos agradecimentos.
Pela prontidão e eficiência,
agradeço à ANJ como símbolo
de todas as instituições que
protestaram, da ABI à CUT.
Impossível citar os autores
de quase 300 -296 para ser
preciso- e-mails que recebi,
além de todos os faxes e telefonemas, misturando amigos
leitores e amigos pessoais.
Do A de Alberto Dines e Armando Nogueira -com
abençoada indignação- ao S
de Matinas Suzuki Jr. -que
me comoveu-, passando pela
saudável ira do R de Realli Jr.,
da Rádio Jovem Pan, quero
agradecer também aos companheiros, muitos deles que
de mim divergem, pelo apoio
irrestrito. Sou grato ao carinho de Luís Fernando Veríssimo; à graça de Tuty Vasquez;
à cobertura dos jornais de um
extremo ao outro do país, do
"Zero Hora", de Porto Alegre,
ao "O Povo", de Fortaleza.
Meus cúmplices Flávio Prado, José Trajano e doutor Sócrates e a esmagadora maioria das emissoras de rádio,
grandes ou pequenas deste
país, foram todos extremamente solidários.
Por tudo isso, admito, fiquei
com um sentimento estranho
entre alegria, alívio e pena pelo recuo tão rápido da Fifa.
Mas é claro que, brincadeiras à parte, prevalece o orgulho de nossa vitória.
Não é piada: dois lusos xiitas, ainda inconformados
com o argentino Castrilli, resolveram alugar um helicóptero, mandaram fazer fantasias idênticas ao Serelepe, o
mascote da Federação Paulista de Futebol, e estavam dispostos a descer no gramado
do Morumbi no domingo da
decisão entre São Paulo e Corinthians.
Então, roubariam a taça de
campeão sob as vistas de todos e a jogariam no rio Tietê.
O plano só não deu certo
porque o piloto, num acesso
de bom senso, se deu conta de
que certamente seria seguido
pelos helicópteros das emissoras de TV lá presentes e de que
teria graves problemas com o
DAC, o departamento de controle de vôos.
Frustrados, os dois amigos
resolveram melar a decisão
dos aspirantes, entre a própria Lusa e o Guarani, coisa
que fizeram sem maiores dificuldades. E que fariam mesmo se a taça destruída tivesse
o rumo ao Canindé.
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