DO ENVIADO A SHIZUOKA

Assim que terminou o jogo do Brasil, ontem, Senol Gunes, técnico da Turquia, deu uma entrevista para uma emissora de TV inglesa.
Disse ter ficado impressionado com a frieza dos jogadores brasileiros, que não se desesperaram quando o time ficou com um jogador a menos. Afirmou que é assim que quer ver os turcos.
"Na estréia [contra o Brasil], perdemos a cabeça quando o juiz errou e marcou um pênalti que não existiu. Numa Copa, é importante ter serenidade. Tivemos contra o Japão [quando eliminaram o país-sede] e temos de agir contra o Senegal exatamente como eles [brasileiros" agiram contra os ingleses], afirmou.
Com a cabeça no lugar, Gunes, que iniciou a Copa criticado pela mídia turca, acha que seus atletas "começarão a escrever o futuro".
Se o Senegal nunca tinha disputado uma Copa, a Turquia tampouco tinha tradição no futebol. Participou só da de 1954, quando foi eliminada na primeira fase.
O zagueiro Hakan Unsal lembra que o povo turco adora o esporte. "O futebol atrai multidões. Se chegarmos às semifinais, vai haver muita festa na Turquia, porque será um feito extraordinário. Todos nos colocavam como azarões, mas estamos chegando lá."
Ele diz que antes da Copa a expectativa era que o time chegasse até as oitavas-de-final. Como o Brasil, os turcos tiveram dificuldades nas eliminatórias e se classificaram após a vitória sobre a Áustria na repescagem. (JCA)



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