UOL


São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Só Adriano, presente em todas as convocações do treinador, se destaca

Queridinho de Parreira faz seleção evitar novo fiasco

DO ENVIADO A LYON

Um habituê da seleção na nova gestão Carlos Alberto Parreira evitou que o Brasil ficasse ontem muito perto da eliminação na Copa das Confederações-2003.
O atacante Adriano, 21, presente em todas as convocações feitas pelo treinador na temporada, marcou o gol da vitória contra os EUA. Além disso, foi o recordista de finalizações da partida -foi responsável, segundo os números da Fifa, por 7 das 13 conclusões brasileiras no duelo.
O jogador do Parma, que teve boa passagem pelo Flamengo, foi resgatado para o time nacional depois de ser ignorado por Luiz Felipe Scolari na formação do elenco pentacampeão na Coréia do Sul e no Japão. Antes, havia sido chamado na caótica passagem de Emerson Leão pelo cargo.
"Estou trabalhando para ganhar meu espaço. Vontade é o que não falta", diz o atacante, que já havia marcado uma vez contra Nigéria, na primeira vitória de Parreira após sua volta à seleção.
Adriano comemorou a entrada de Alex no time. "Com ele, o time ganha em movimentação", disse ele. Já o jogador do Cruzeiro, que atuou pela primeira vez na seleção sob as ordens de Parreira, foi mais comedido. "Ainda falta acertar o último passe", afirmou.
O jogo de ontem começou muito faltoso. Só nos três primeiros minutos, o juiz Lucílio Cardoso marcou quatro infrações.
Quando a bola rolava, o Brasil jogava como o planejado por Parreira, com Ricardinho aberto na esquerda, dando espaço para Alex criar no meio. Assim, logo o time conseguiu criar, como aos 7min, quando Adriano girou e bateu forte, mas na direção errada.
Na segunda oportunidade que teve, o atacante do Parma não falhou. Aos 22min, ele pressionou e aproveitou a falha da defesa americana, avançou sozinho e tocou na saída do goleiro Howard, que defendeu o primeiro chute, mas nada pôde fazer no rebote.
Mesmo em desvantagem no placar, os EUA não passaram a arriscar mais e permaneciam com todo o time na marcação.
Dessa forma, a meta de Dida só foi ameaçada de verdade aos 45min, quando Stewart puxou um contra-ataque e tocou na área para Donovan, que chegou atrasado, foi derrubado por Kleberson e não teve como concluir.
No segundo tempo, a seleção brasileira novamente tomou a iniciativa com a dupla Alex/Adriano.
Aos 5min, o primeiro bateu falta para o segundo, que cabeceou forte e só não ampliou por ótima defesa de Howard.
Anteontem, Parreira treinara exaustivamente essa jogada. "Vai que a bola do Alex é rápida", gritava o técnico aos pupilos.
Com o passar do tempo, entretanto, o domínio brasileiro foi se arrefecendo, e os EUA, principalmente com Donovan pelo lado esquerdo da defesa sul-americana, passou a pressionar.
Para tentar retomar o domínio, Parreira fez duas substituições. Primeiro, mudou na lateral direita. Sacou Belletti e colocou Maurinho. Depois, trocou Alex por Gil. Não adiantou. O time ficou ainda mais apático e teve que se contentar com a magra vitória de um gol de diferença.
"Os jogos contra os EUA sempre foram apertados. Joguei seis vezes contra eles. Sempre ganhei, mas no aperto", disse o treinador, que foi irônico com os jornalistas.
"Se vocês perceberam, como analistas quase que perfeitos, eles ficaram com dez jogadores da intermediária para trás", completou Parreira. (PAULO COBOS)


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Frase
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.