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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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FUTEBOL

Desde outubro de 2001 o time, que pega a Ponte Preta e luta para evitar crise, não acumula mais de dois reveses seguidos

"Três é demais" move hoje o Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Time grande não perde três partidas seguidas. Se você quer testar essa máxima do futebol, fique atento ao jogo de hoje entre Corinthians e Ponte Preta, às 16h, em Campinas, pelo Brasileiro.
Depois de ser derrotada por São Caetano (0 a 1) e São Paulo (1 a 2), a equipe do técnico Geninho tenta se reabilitar contra o pior time paulista. A Ponte se encontra na zona de rebaixamento.
Se um terceiro tropeço consecutivo ocorrer, algo não visto no clube desde outubro de 2001, o treinador ficará em posição delicada.
Devido aos maus resultados, a diretoria já pressionou o técnico a fazer mudanças no time. Hoje, o meio-campo será alterado.
O volante Fabrício perdeu a vaga de titular. Pingo é o favorito para substituí-lo. Outro que deve deixar o time é Jorge Wagner. Renato, que atuou bem nos minutos finais contra o São Paulo, deve ganhar uma oportunidade hoje.
""Aqui, tenho liberdade para trabalhar. Nós conversamos com a diretoria, mas eu decido o que acontece no time. Não há interferência", disse Geninho, negando ter havido pressão dos dirigentes para mexer na equipe.
No treino de ontem, a pressão foi dos torcedores. Cerca de 40 foram à Vila Olímpica, criticaram a diretoria e pediram reforços.
""Ficamos duas rodadas sem marcar pontos. O campeonato é longo, mas não podemos deixar os times que estão na frente disparar. Depois, não dá mais para recuperar", declarou o treinador.
Vontade, pelo discurso dos que disputam vaga hoje, não vai faltar. ""Eu quero agarrar essa chance", disse Cocito, volante que se destacou no Atlético-PR. ""Quero mostrar a cara para o torcedor e para o futebol brasileiro", disse Pingo, que diz atuar como segundo volante, não como armador -Geninho vê problemas na armação.
A disputa entre Jorge Wagner e Renato é a mais acirrada. Os dois já sofreram críticas por não conseguirem substituir Ricardinho como a torcida esperava.
""Acho que até daria para a gente jogar junto. Mas isso é com o Geninho", disse Jorge Wagner, que foi um dos destaques no Paulista.
Geninho mostrou não se importar muito com a possibilidade de Jorge Wagner ficar descontente com a reserva. ""Não converso com jogador para explicar por que ele saiu do time. Só se é um atleta que está bem e que precisou sair por uma questão tática, emergencial", disse o técnico, que nega a existência de tensão no clube.
""Quem dá esse nome de crise são vocês, da imprensa", completou Geninho. (RODRIGO BUENO)


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