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FUTEBOL
Desde outubro de 2001 o time, que pega a Ponte Preta e luta para evitar crise, não acumula mais de dois reveses seguidos
"Três é demais" move hoje o Corinthians
DA REPORTAGEM LOCAL
Time grande não perde três
partidas seguidas. Se você quer
testar essa máxima do futebol, fique atento ao jogo de hoje entre
Corinthians e Ponte Preta, às 16h,
em Campinas, pelo Brasileiro.
Depois de ser derrotada por São
Caetano (0 a 1) e São Paulo (1 a 2),
a equipe do técnico Geninho tenta
se reabilitar contra o pior time
paulista. A Ponte se encontra na
zona de rebaixamento.
Se um terceiro tropeço consecutivo ocorrer, algo não visto no clube desde outubro de 2001, o treinador ficará em posição delicada.
Devido aos maus resultados, a
diretoria já pressionou o técnico a
fazer mudanças no time. Hoje, o
meio-campo será alterado.
O volante Fabrício perdeu a vaga de titular. Pingo é o favorito para substituí-lo. Outro que deve
deixar o time é Jorge Wagner. Renato, que atuou bem nos minutos
finais contra o São Paulo, deve ganhar uma oportunidade hoje.
""Aqui, tenho liberdade para trabalhar. Nós conversamos com a
diretoria, mas eu decido o que
acontece no time. Não há interferência", disse Geninho, negando
ter havido pressão dos dirigentes
para mexer na equipe.
No treino de ontem, a pressão
foi dos torcedores. Cerca de 40 foram à Vila Olímpica, criticaram a
diretoria e pediram reforços.
""Ficamos duas rodadas sem
marcar pontos. O campeonato é
longo, mas não podemos deixar
os times que estão na frente disparar. Depois, não dá mais para recuperar", declarou o treinador.
Vontade, pelo discurso dos que
disputam vaga hoje, não vai faltar.
""Eu quero agarrar essa chance",
disse Cocito, volante que se destacou no Atlético-PR. ""Quero mostrar a cara para o torcedor e para o
futebol brasileiro", disse Pingo,
que diz atuar como segundo volante, não como armador -Geninho vê problemas na armação.
A disputa entre Jorge Wagner e
Renato é a mais acirrada. Os dois
já sofreram críticas por não conseguirem substituir Ricardinho
como a torcida esperava.
""Acho que até daria para a gente
jogar junto. Mas isso é com o Geninho", disse Jorge Wagner, que
foi um dos destaques no Paulista.
Geninho mostrou não se importar muito com a possibilidade
de Jorge Wagner ficar descontente com a reserva. ""Não converso
com jogador para explicar por
que ele saiu do time. Só se é um
atleta que está bem e que precisou
sair por uma questão tática, emergencial", disse o técnico, que nega
a existência de tensão no clube.
""Quem dá esse nome de crise
são vocês, da imprensa", completou Geninho.
(RODRIGO BUENO)
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