São Paulo, domingo, 22 de junho de 2008

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Orçamento do Usoc tem 60% de verba do COI

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que foi feito o atual acordo de distribuição de verbas olímpicas, em 1988, os EUA aumentaram sua liderança nos quadros de medalhas da Olimpíada. O dinheiro do COI tem peso significativo no orçamento norte-americano para a preparação dos atletas -no atual ciclo olímpico, ultrapassam 60% do orçamento do Usoc (Comitê Olímpico dos EUA).
Até aquele ano, o país tinha terminado em primeiro no quadro de medalhas em 11 das 20 edições da Olimpíada -ou seja, 55% do total. O critério é o maior número de ouros.
Desde o final da Segunda Guerra, vinha perdendo a maioria dos Jogos Olímpicos para a antiga União Soviética.
A partir de 1948, ganhara quatro vezes até 1988 -contra seis vezes da URSS.
A partir de 1992, quando as verbas passaram a fazer efeito, os EUA ganharam três das quatro Olimpíadas, isto é, 75%.
Claro que tiveram a seu favor o desmantelamento da URSS, cujas repúblicas que a integravam ainda venceram em Barcelona-1992, quando competiram quase todas sob bandeira única, como Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Anualmente, o Usoc gasta em torno de US$ 115 milhões no treinamento de seus esportistas para Pequim. Como recebeu cerca de US$ 77 milhões por temporada do COI no quadriênio, a verba representa mais de 60% do seu orçamento.
E os norte-americanos, diferentemente dos brasileiros, não contam com verbas públicas. Seu orçamento é complementado por patrocinadores.
A maioria dos seus parceiros é comum com os do COI, como Coca-Cola, Atos Origin, General Eletric, Johnson & Johnson, Kodak, Lenovo, McDonald's, Samsung e Visa. O Usoc ainda aceita doações de pessoas físicas para completar a verba.
No momento, os próprios dirigentes dos EUA admitem que pode haver países com orçamentos maiores. A China e a Inglaterra, que contam com forte apoio estatal por serem futuras sedes da Olimpíada, são exemplos de rivais de peso no aspecto financeiro em relação aos norte-americanos.
Só que os europeus do COI, favoráveis ao corte das verbas do país, argumentam que não vêem sentido em todas as nações pagarem pela preparação de atletas dos EUA. (RM)


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