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Pior campanha e vaga nas semifinais mantêm Joel
DOS ENVIADOS A PRETÓRIA
Os resultados na Copa das
Confederações são tão precários quanto o seu inglês, que virou hit na internet.
E assim, aos trancos e barrancos, o técnico Joel Santana
vai sobrevivendo a um dos mais
instáveis empregos no futebol
mundial. O brasileiro é o nono
treinador da seleção sul-africana apenas nesta década, o que
dá uma média de um por ano.
Ao colocar o time nas semifinais da Copa das Confederações, quando vai enfrentar o
Brasil, ele ganha fôlego para seguir até a Copa de 2010, o que
faz dele uma exceção no cargo
-ficará então pelo menos dois
anos e três meses.
Mas os torcedores sul-africanos estão longe de ter um time
que empolga.
Desde que a Copa das Confederações passou a ter oito seleções divididas em dois grupos,
na edição de 1997, na Arábia
Saudita, a África do Sul é o segundo semifinalista com pior
campanha na fase de classificação (só os Estados Unidos, também no atual torneio, têm pior
desempenho).
Ou seja: em um hipotético
torneio entre essas seleções, a
África do Sul seria a 23ª colocada entre os 24 participantes.
O time somou só quatro pontos em nove disputados. E seu
ataque foi pífio -marcou só
dois gols, ambos contra a frágil
Nova Zelândia. Mas Joel Santana estava eufórico após a derrota para a Espanha, anteontem.
"É um fantástico acontecimento para a África do Sul, e
muito importante para a nossa
preparação para a Copa do
Mundo. Ficaremos mais tempos juntos e isso será crucial",
disse Joel, que foi treinador de
Dunga e seu auxiliar Jorginho
quando esses eram jogadores.
Na seleção brasileira, o poderio do rival por uma vaga na decisão da Copa das Confederações divide opiniões.
"Eles jogam sem responsabilidade. Não têm nada a perder,
mas nós temos muito. E, quando isso acontece, o jogo fica
mais difícil", declarou o volante
Gilberto Silva.
Já o atacante Luis Fabiano, o
herói do jogo de ontem contra a
Itália, não se assusta com os anfitriões da Copa das Confederações. "Acho que as surpresas
que tinham que acontecer já
aconteceram. A tendência é
que Brasil e Espanha decidam a
competição [que acontece no
próximo domingo]", disse esbanjando confiança, o camisa 9
da seleção.
(EAR E PC)
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