São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2011 |
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Sem algozes brasileiros, Muricy tem sua maior chance de êxito DO ENVIADO A SANTOS Poucas coisas tiram tanto a paciência de Muricy Ramalho quanto questioná-lo sobre seus insucessos em torneios com mata-matas. "Se você tivesse estudado um pouquinho meu currículo, saberia que eu já ganhei vários campeonatos assim", costuma responder o treinador, escorado principalmente nos títulos estaduais, como o Paulista deste ano. Seu calcanhar de aquiles é a Libertadores. Mas o tetracampeão do Brasileiro -todos os títulos foram em campeonatos por pontos corridos-, nunca esteve tão perto do título continental como agora. O 0 a 0 contra o Peñarol no jogo de ida permite que o Santos seja campeão com uma vitória simples em casa. Na outra vez que chegou à final de Libertadores, em 2006, com o São Paulo, Muricy foi derrotado por 2 a 1 na partida de ida pelo Internacional. Só uma vitória conquistada por dois gols de diferença daria o título à equipe paulistana. Na volta, porém, o Inter conseguiu um 2 a 2 no Sul e seu primeiro troféu. São justamente os brasileiros os maiores algozes de Muricy na Libertadores. Além do Inter, caiu ante Grêmio (2007), Fluminense (2008) e Cruzeiro (2009), sempre com o São Paulo. A única exceção ocorreu em 2004, quando, no São Caetano, foi eliminado pelo argentino Boca Juniors. Nesta campanha com o Santos, o técnico escapou dos duelos com brasileiros graças à má participação dos clubes do país nas oitavas. Logo no primeiro mata- -mata, Inter, Grêmio, Cruzeiro e Fluminense foram eliminados. Só restou o Santos. Mesmo com a proximidade do título da Libertadores, Muricy prefere se afastar do favoritismo dado ao Santos. "O Peñarol é um time que fora de casa é perigoso, experiente. Teve bons resultados como visitante", declarou. "Falar em favoritismo na Libertadores é complicado." O técnico afirmou que não se deixa pressionar pela falta da Libertadores em seu currículo. "É minha terceira decisão seguida [após o Brasileiro-2010 e o Paulista-2011]. Para mim, são todos importantes, vivemos de títulos. E depois ainda vão me cobrar pelo [campeonato] de Marte, Saturno", brincou. (LL) Texto Anterior: Longa espera Próximo Texto: Tostão: Santos, a bola é sua Índice | Comunicar Erros |
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