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BASQUETE
Com só seis atletas do Mundial-2002, time masculino pega o Paraguai
Renovada, seleção estréia era Lula no Sul-Americano
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com um time de novatos, o Brasil começa a disputar hoje o Sul-Americano de Montevidéu (Uruguai), primeira competição oficial
da seleção masculina no ano e sob
o comando de Aluísio Ferreira, o
Lula, nomeado no fim de 2002.
O adversário da estréia, o Paraguai, às 18h30, não causa preocupação ao técnico da equipe.
"Sabemos que Chile e Paraguai
são as equipes mais frágeis da
competição", afirmou o treinador, que usará apenas seis jogadores que estiveram em ação no
Mundial de Indianápolis-2002.
Demétrius, Alex, Anderson Varejão, Marcelinho, Guilherme e
Tiago Splitter são os sobreviventes do elenco que não passou do
oitavo lugar no torneio nos EUA.
Hoje, os três últimos, mais o armador Valtinho e o pivô Tiagão,
começam contra o Paraguai.
Mesmo com desfalques na equipe, como o armador Leandrinho,
o ala-pivô Nenê e os pivôs Luis
Fernando, Estevam e Lucas Daniel, Lula optou por não chamar
veteranos, como os alas Rogério,
32, e Vanderlei, 30, e o pivô Sandro Varejão, 31. Os dois últimos
foram titulares em Indianápolis.
Os três foram excluídos logo na
pré-convocação de fevereiro, a
primeira da era Lula, quando 29
atletas foram chamados.
O problema mais grave é entre
os pivôs. Luis Fernando teve uma
contusão na coxa esquerda. Estevam machucou os dois joelhos. Já
Lucas Daniel, uma das novas
apostas de Lula, fraturou um dedo do pé. Todos foram cortados.
Nenê e Leandrinho, que atuam
na NBA, só irão reforçar a equipe
no Pré-Olímpico de Porto Rico,
que começa em 20 de agosto.
Assim, de maneira forçada, foi
aberto espaço para pivôs menos
experientes, como André Bambu,
23, Tiagão, 22, e Tiago Splitter, 18,
o mais jovem do elenco.
"Fui ao Mundial [de 2002] mais
para completar o grupo. Mas essa
experiência de ter ido a Indianápolis vai me ajudar agora, no momento em que irei assumir mais
responsabilidade na equipe", afirmou Splitter, que defende o Tau
Cerâmica, da Espanha.
Mesmo com todas as mudanças
na equipe, a seleção atual não é
muito mais jovem do que a do
ano passado. A equipe de Lula
tem média de idade de 24 anos.
Em Indianápolis, o elenco brasileiro, dirigido na época por Hélio
Rubens, tinha média de 24,4.
Apesar dos problemas, para Lula a disputa pelo primeiro lugar ficará restrita a Brasil e Argentina,
que decidiram os dois últimos
Sul-Americanos. Em 99, em Baía
Blanca (Argentina), o Brasil ganhou. Há dois anos, em Valdivia
(Chile), a Argentina foi a campeã.
"Nosso grande objetivo neste
ano é o Pré-Olímpico. Mas é lógico que o Sul-Americano e o Pan
são dois degraus importantes nessa escada. No Uruguai, se ficarmos abaixo do segundo lugar, é
melhor eu nem voltar. Vou para a
Patagônia", brincou Lula.
O retrospecto é citado pelo técnico como argumento. Durante a
fase de preparação, o Brasil venceu três amistosos contra a Venezuela, considerada por ele "a terceira força da América do Sul".
O Sul-Americano classifica três
seleções para o Pan de Santo Domingo, a partir de 1º de agosto, e
quatro para o Pré-Olímpico.
Há um mês, na apresentação da
seleção feminina, em São Paulo,
Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da Confederação Brasileira
de Basquete, disse que quem não
conseguisse vaga olímpica era
melhor "não voltar ao país".
NA TV - Brasil x Paraguai, ao
vivo, às 18h30, na Sportv
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