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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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BASQUETE

Com só seis atletas do Mundial-2002, time masculino pega o Paraguai

Renovada, seleção estréia era Lula no Sul-Americano

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um time de novatos, o Brasil começa a disputar hoje o Sul-Americano de Montevidéu (Uruguai), primeira competição oficial da seleção masculina no ano e sob o comando de Aluísio Ferreira, o Lula, nomeado no fim de 2002.
O adversário da estréia, o Paraguai, às 18h30, não causa preocupação ao técnico da equipe.
"Sabemos que Chile e Paraguai são as equipes mais frágeis da competição", afirmou o treinador, que usará apenas seis jogadores que estiveram em ação no Mundial de Indianápolis-2002.
Demétrius, Alex, Anderson Varejão, Marcelinho, Guilherme e Tiago Splitter são os sobreviventes do elenco que não passou do oitavo lugar no torneio nos EUA.
Hoje, os três últimos, mais o armador Valtinho e o pivô Tiagão, começam contra o Paraguai.
Mesmo com desfalques na equipe, como o armador Leandrinho, o ala-pivô Nenê e os pivôs Luis Fernando, Estevam e Lucas Daniel, Lula optou por não chamar veteranos, como os alas Rogério, 32, e Vanderlei, 30, e o pivô Sandro Varejão, 31. Os dois últimos foram titulares em Indianápolis.
Os três foram excluídos logo na pré-convocação de fevereiro, a primeira da era Lula, quando 29 atletas foram chamados.
O problema mais grave é entre os pivôs. Luis Fernando teve uma contusão na coxa esquerda. Estevam machucou os dois joelhos. Já Lucas Daniel, uma das novas apostas de Lula, fraturou um dedo do pé. Todos foram cortados.
Nenê e Leandrinho, que atuam na NBA, só irão reforçar a equipe no Pré-Olímpico de Porto Rico, que começa em 20 de agosto.
Assim, de maneira forçada, foi aberto espaço para pivôs menos experientes, como André Bambu, 23, Tiagão, 22, e Tiago Splitter, 18, o mais jovem do elenco.
"Fui ao Mundial [de 2002] mais para completar o grupo. Mas essa experiência de ter ido a Indianápolis vai me ajudar agora, no momento em que irei assumir mais responsabilidade na equipe", afirmou Splitter, que defende o Tau Cerâmica, da Espanha.
Mesmo com todas as mudanças na equipe, a seleção atual não é muito mais jovem do que a do ano passado. A equipe de Lula tem média de idade de 24 anos. Em Indianápolis, o elenco brasileiro, dirigido na época por Hélio Rubens, tinha média de 24,4.
Apesar dos problemas, para Lula a disputa pelo primeiro lugar ficará restrita a Brasil e Argentina, que decidiram os dois últimos Sul-Americanos. Em 99, em Baía Blanca (Argentina), o Brasil ganhou. Há dois anos, em Valdivia (Chile), a Argentina foi a campeã.
"Nosso grande objetivo neste ano é o Pré-Olímpico. Mas é lógico que o Sul-Americano e o Pan são dois degraus importantes nessa escada. No Uruguai, se ficarmos abaixo do segundo lugar, é melhor eu nem voltar. Vou para a Patagônia", brincou Lula.
O retrospecto é citado pelo técnico como argumento. Durante a fase de preparação, o Brasil venceu três amistosos contra a Venezuela, considerada por ele "a terceira força da América do Sul".
O Sul-Americano classifica três seleções para o Pan de Santo Domingo, a partir de 1º de agosto, e quatro para o Pré-Olímpico.
Há um mês, na apresentação da seleção feminina, em São Paulo, Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, disse que quem não conseguisse vaga olímpica era melhor "não voltar ao país".


NA TV - Brasil x Paraguai, ao vivo, às 18h30, na Sportv


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