DA REPORTAGEM LOCAL

Fernando Scherer chegou até a sonhar com a medalha. Saiu bem, nadou entre os primeiros, mas não suportou o ritmo da prova e acabou na última posição entre os oito finalistas dos 50 m borboleta no Mundial de Barcelona.
Apesar de ter "fechado raia" -como se identifica o atleta que termina na derradeira posição-, Scherer disse ter gostado de seu resultado, 23s96, dez centésimos pior que o seu tempo das eliminatórias. "Estou feliz com o que fiz porque voltei ao topo da natação mundial. Agora vamos ver o que acontece nos 50 m livre."
Ele nada essa prova, mesma em que obteve o bronze olímpico em Atlanta-1996, na sexta-feira, mas sabe que a grande chance passou.
Scherer se prepara há pelo menos um ano para competir nos 50 m borboleta. Queria conquistar o ouro na distância no Pan-Americano de Santo Domingo (DOM), que começa no dia 1º de agosto.
Em abril, entretanto, a Organização Desportiva Pan-Americana decidiu reduzir o programa da natação e retirou a prova do evento. "Isto me abalou, quebrou meu treinamento", lembra.
Até aqui, o catarinense foi o único brasileiro que chegou a uma final nas provas de natação. E foi justamente nessa distância que os recordes começaram a desabar no Palau Sant Jordi.
O australiano Matthew Welsh venceu os 50 m borboleta com 23s43, apenas um centésimo abaixo da marca mundial de seu compatriota Geoff Huegill.
A Austrália também foi responsável por outro recorde. Na semifinal dos 100 m peito, Leisel Johnes marcou 1min06s37, superando a marca anterior (1min06s52), da sul-africana Penelope Heyns.
O japonês Kosuke Kitajima também brilhou. Completou os 100 m peito em 59s78 e baixou o recorde que pertencia ao russo Roman Sloudnov (59s94).
O destaque de hoje é o duelo entre o campeão olímpico, Pieter van den Hoogenband (HOL) e o campeão mundial, Ian Thorpe (AUS), pelo título dos 200 m livre.


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