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MOTOR
FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas
Como estragar algo que vinha dando certo
FATO RARO num país em
que filiação partidária vale
mais que competência, uma
instalação esportiva pública
era gerida por gente técnica,
especialista, abnegada.
Chico Rosa e Roberto Seixas (nenhum parentesco)
formaram, por quatro anos,
uma dupla afinada no comando do autódromo de Interlagos. O primeiro, um dos
maiores experts em automobilismo do país, o homem que um dia levou
Emerson à Europa. O segundo, engenheiro que aprendeu a entender as necessidades do autódromo, que
acatava sugestões e, principalmente, as realizava.
Enquanto comandaram
Interlagos, as críticas recorrentes ao circuito cessaram.
O problema crônico de
ondulações foi sanado. Arquibancadas de alvenaria
foram erguidas. Categorias
nacionais puderam correr
numa pista em constante
manutenção. Com isso,
os custos de obras só para
a F-1 caíram.
Não se conheciam, eram
de mundos diferentes, mas
foram colocados para trabalhar juntos e... deu certo.
Até que, há um ano, Gilberto
Kassab resolveu mexer no
time que estava ganhando.
Engenheiro com passagem pela Minardi, Octavio
Guazzelli foi indicado pelo
deputado federal Eduardo
Campos (DEM) e assumiu o
lugar de Seixas, deslocado
para cargo interno da SPTuris. Nada contra o novo titular. Mas a máquina que funcionava foi desmontada por
capricho político. Chico
também foi remanejado. E
começaram os problemas.
O último, no final de semana. A absurda obra na
chicane da Curva do Café.
Quem viu conta que o responsável nunca deve ter pisado num autódromo. A zebra estava invertida! E bastava olhar para o lado para
ver como fazer.
Chico foi chamado para
apagar o incêndio. Que fique. E que o prefeito devolva
Seixas ao seu posto. O deputado pode ficar triste, mas o
automobilismo agradece.
BRASIL
DE NOVO
As futuras mudanças no regulamento de motores da F-1 -turbo V6, em 90º, com injeção direta de combustível- abrem as portas para o retorno da Petrobras em 2014. Como a regra também prevê menor vazão de combustível para o motor, o papel da gasolina ganhará importância. As conversas, que
começaram em Montréal, continuam acontecendo.
INGLATERRA
MAIS UM
Algo muito sério acontece na F-3 inglesa. E o nome é Felipe Nasr. O brasiliense de 18 anos venceu mais duas corridas no último fim de semana, em Paul Ricard, e agora soma sete vitórias em 18 provas na temporada. É o líder disparado do campeonato e já chama a atenção de gente
da F-1. Apesar da CBA, o Brasil teima em continuar produzindo piloto bom.
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