São Paulo, quarta-feira, 22 de agosto de 2007

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entrevista

Zagueiro se espanta com neve e caviar

DO ENVIADO A SANTOS

Único dos brasileiros contratados pelo Shakhtar que voltou ao país, o zagueiro Leonardo, 21, do Santos, só quis retornar ao Brasil para ser pai e espera cumprir os três anos e meio de contrato que tem com a equipe. Diz que se espantou com as montanhas de neve e o fácil acesso ao caviar.

FOLHA - O que mais chamou atenção em Donetsk?
LEONARDO
- A Ucrânia é um país que cresce muito. Poucas pessoas têm dinheiro, mas essas têm muito.
FOLHA - Pegou muito frio?
LEONARDO
- Não pegamos o período mais frio. Mas já peguei -30 C uma vez em janeiro. Ficamos quatro dias lá sem conseguir ir para Dubai, para a pré-temporada. Parecia desenho animado: o campo coberto por 2 m de neve.
FOLHA - E a comida?
LEONARDO
- A culinária ucraniana me chamou atenção pela quantidade de batata. As carnes mais comuns eram frango e lebre. E tem muito caviar, que eles usam até como margarina.
FOLHA - Por que voltou?
LEONARDO
- Tinha planos de ter um filho, e é complicado para minha mulher passar a gestação lá. O parto deve ser no fim do ano, depois penso em voltar à Ucrânia.
FOLHA - Há racismo lá?
LEONARDO
- Como é um país sem muita tradição no futebol, ver um estrangeiro em ação é considerado um privilégio pelos torcedores. Não tem racismo, pelo contrário, tem até uma certa idolatria dos brasileiros.

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