São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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MEMÓRIA

Em 78, Guarani foi ao ataque e calou multidões

DA REPORTAGEM LOCAL

O único clube campeão brasileiro da história sediado fora da capital de um Estado não chegou ao título por acaso.
Em 1978, o Guarani de Campinas tinha um time recheado de craques e que aguentou a pressão de estádios lotados nos momentos mais decisivos.
Dirigida por Carlos Alberto Silva, a equipe do interior paulista tinha apenas um volante defensivo (Zé Carlos). Na frente, dois meias ofensivos (Renato e Zenon) e três atacantes (Capitão, Careca e Bozó).
Mesmo com muita gente atacando, era uma equipe equilibrada, tanto que terminou sua participação com um saldo de 35 gols, o oitavo maior das quase 1.500 campanhas da história do Campeonato Brasileiro.
O Guarani foi o único clube do interior que não sucumbiu a um estádio lotado dos grandes centros na hora decisiva.
Naquele ano, o time passou pelo Vasco nas semifinais. No jogo realizado no Maracanã, venceu por 2 a 1 diante de 102 mil torcedores. No primeiro jogo da decisão, no Morumbi, vitória por 1 a 0 com 100 mil palmeirenses nas arquibancadas.
Outros times interioranos que brilharam no Campeonato Nacional falharam nos momentos mais importantes.
Isso aconteceu com o próprio Guarani. Em 1986, novamente com um time ofensivo (Evair e João Paulo eram os principais destaques), o clube caiu na decisão, em Campinas, diante do São Paulo nos pênaltis.
Em 1991, também fazendo o segundo jogo da decisão em casa, o Bragantino, na época comandado por Carlos Alberto Parreira, perdeu para o mesmo São Paulo. Mais recentemente, o São Caetano falhou duas vezes. Na edição de 2000, o clube do ABC paulista foi batido pelo Vasco. No ano passado, perdeu para o Atlético-PR. (PC)


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