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São Paulo, segunda-feira, 22 de setembro de 2003

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FUTEBOL

Time sofre gol do Criciúma aos 39s e registra nona derrota no Brasileiro

Gol relâmpago desmoraliza blindagem do Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um gol aos 39 segundos, o Corinthians sofreu ontem a sua nona derrota no Brasileiro-2003, ao ser batido pelo Criciúma, por 1 a 0, em Santa Catarina.
Depois de uma semana tumultuada, com jogadores cobrando dívidas da diretoria, a equipe fez uma de suas piores partidas no Nacional e continua sem conseguir se aproximar dos líderes. Está na nona posição, com 44 pontos. O Criciúma tem 48 e é o sexto.
O time paulista segue sem obter duas vitórias seguidas no Nacional desde 1º de junho, quando bateu o Vitória por 4 a 0, dias depois de ganhar do Juventude de 3 a 0.
O novo fracasso vai aumentar a tensão no Parque São Jorge justamente na preparação para o jogo contra o Cruzeiro, líder do Brasileiro, quarta-feira, no Pacaembu.
Antes da partida em Santa Catarina, o técnico Geninho pediu para seus jogadores não pensarem na crise financeira do clube, que ainda deve bichos do Nacional e a última parcela (25%) da premiação da Copa do Brasil de 2002.
Além disso, Geninho, Rogério e Vampeta têm três meses de direitos de imagem atrasados para receber, e o Parque São Jorge foi penhorado por causa de uma ação movida pelo atacante Luizão.
Com suas orientações, Geninho esperava fazer uma blindagem para que o time rendesse bem, apesar da tensão causada pela falta de dinheiro. Mas a estratégia não deu resultado.
Como acontece fora de campo, o Corinthians foi um time repleto de problemas ontem. Errou 25% dos passes (sua segunda pior marca na competição), deixou seus atacantes isolados (finalizou apenas sete vezes), falhou na marcação e foi desatento no início.
Já o Criciúma, como costuma fazer em casa, começou no ataque. Antes que o jogo completasse um minuto, abriu o placar. Dejair cruzou para Tico, marcado por Betão, fazer 1 a 0, de cabeça.
A jogada aconteceu com duas bolas em campo -uma delas na lateral do gramado. Apesar da irregularidade, o juiz Luciano Almeida não interrompeu o lance.
Os corintianos sofreram para acertar ao menos dois passes seguidos. No primeiro tempo, foram 125 trocas de bola da equipe, que registra, em média, 323 passes por jogo, segundo o Datafolha.
Quem mais sofreu com essa dificuldade foi o ataque. Foram quatro finalizações no primeiro tempo, só uma delas corretas. E quem mais tentou o gol foi um zagueiro, Marquinhos, duas vezes. Na mesma etapa, o Criciúma fez nove finalizações, duas certas.
A bola mal chegou aos pés dos atacantes corintianos. No primeiro tempo, Jô só recebeu quatro passes, e Abuda, oito.
Se na primeira etapa Abuda teve dificuldades, na segunda só conseguiu jogar 15 minutos. Machucado, ele deixou o gramado para a entrada de Bobô, também revelado no Parque São Jorge.
A equipe paulista já havia começado a partida com apenas três jogadores formados fora do clube: Fabrício, Fabinho e Robert.
Geninho fez mais mudanças. Aos 26min, ele já havia feito as duas alterações restantes. O lateral-esquerdo Vinícius entrou no lugar de Moreno, e Fumagalli ocupou a vaga do meia Robert.
Contudo o ataque seguiu ineficiente -fez três arremates na etapa final. "Melhoramos no segundo tempo e vamos jogar bem contra o Cruzeiro", disse Geninho.



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