DA REPORTAGEM LOCAL

O Ladetec, laboratório do Rio credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional para realizar exames antidoping, detectou clostebol também na amostra B do exame de Maurren Maggi, 27.
A saltadora teve análise positiva para essa substância no Troféu Brasil, disputado em São Paulo, há três meses. A droga faz parte do grupo dos esteróides anabólicos, substâncias que aumentam a força e a potência muscular.
A Confederação Brasileira de Atletismo deve divulgar hoje, em nota oficial, o resultado da contraprova. A quantificação da droga presente na urina ficará pronta até o final desta semana.
A análise da amostra B, feita na sexta-feira, foi acompanhada pelo toxicologista David Black, contratado pela defesa de Maurren para emitir um parecer sobre o caso. O norte-americano auxiliou Sanderlei Parrela a ser absolvido em outro caso de doping em 2000.
Black, que voltou para os EUA ainda na sexta-feira, irá receber um relatório com a quantificação. Os procedimentos do laboratório não foram questionados por ele.
O próximo passo será o julgamento do caso pelo Tribunal de Justiça Desportiva da CBAt. Após o julgamento no país, haverá nova audiência, desta vez no Tribunal de Arbitragem do Esporte, em Lausanne. O tribunal suíço, última instância em casos como esse, dará a sentença definitiva.
A defesa irá alegar que Maurren não fazia uso do clostebol e que a substância só apareceu em seu exame devido à contaminação pelo creme Novaderm. A saltadora teria usado a pomada cicatrizante, que contém a droga, na véspera da coleta da urina, após uma sessão de depilação.
Suspensa preventivamente pela Iaaf, Maurren não competiu no salto em distância no Pan-Americano de Santo Domingo e no Mundial de Paris, em agosto.
A saltadora era favorita ao ouro na República Dominicana e candidata à medalha na França. Em março, no Mundial indoor de Birmingham, ela ganhou o bronze.



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