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Rei do empate, Renato Gaúcho vira intocável
Treinador é expert em somar um ponto por jogo
DA REPORTAGEM LOCAL
Dizem que no futebol atual o
empate é o caminho para o fracasso, o que, no caso dos treinadores, significa demissão.
Mas no Brasileiro da era dos
pontos corridos com o maior
número de jogos sem vencedor
(27% das partidas realizadas
até hoje), Renato Gaúcho repete no Fluminense a solidez no
emprego que obteve no Vasco
com a mesma receita.
Ele caminha para ser o bicampeão dos empates. No ano
passado, quando treinou o clube de São Januário da primeira
até a última rodada, foram 14
empates em 38 rodadas. Agora,
com o time das Laranjeiras, que
antes de contratá-lo era o recordista de troca de técnicos
entre os grandes do país, foram
dez igualdades em 26 jogos.
Os empates respondem por
37,5% dos jogos disputados por
Renato Gaúcho no atual Nacional e no ano passado.
Se no caso do Brasileiro de
pontos corridos esse portfólio
de resultados não serve para
brigar pelo título (o Vasco foi o
sexto colocado em 2006, e o
Fluminense é o oitavo agora), o
treinador colheu o primeiro título da sua carreira também
exagerando nos empates.
Renato comandou o Fluminense em seis jogos na campanha que deu ao clube o título da
última Copa do Brasil.
Foram três empates, sendo
que dois deles, contra o Atlético-PR nas quartas-de-final e
diante do Figueirense na decisão, aconteceram com o time
atuando como mandante, situação na qual o manual do futebol diz que vencer é essencial
em um torneio mata-mata, caso da Copa do Brasil.
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