Após polêmica com ex-técnico, Neymar melhora performance e diz que espera voltar à seleção

Ricardo Nogueira/Folhapress

O atacante Neymar durante treino no CT santista

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Em sua primeira entrevista coletiva desde o período turbulento que culminou em seu afastamento e, depois, na demissão do técnico Dorival Jr. do Santos, Neymar insistiu que "voltou a ser o Neymar de antigamente".
Mas ao menos dentro de campo, o atual Neymar é diferente daquele pré-polêmica. Este é ainda melhor.
Segundo o Datafolha, as estatísticas do atacante melhoraram depois que Dorival decidiu deixá-lo de fora do jogo contra o Guarani, quatro dias após o episódio em que a revelação xingou o técnico no confronto contra o Atlético-GO, na Vila Belmiro.
Ele agora ocupa o lugar do meia Paulo Henrique Ganso, que se recupera de lesão, como cérebro do time.
No Santos, ninguém recebe mais bola por jogo do que ele. Nas oito partidas em que participou depois de seu afastamento, foi acionado, em média, 41,9 vezes.
Até então, 34,8 bolas passavam por seus pés por jogo no Campeonato Brasileiro.
Ele agora finaliza mais, dribla mais e marca mais gols. E, de quebra, ainda melhorou seu comportamento: sua média de cartões amarelos caiu de 0,4 por jogo para 0,12 -foi advertido apenas uma vez nesta nova fase, no jogo contra o Atlético-PR.
Ele, porém, negou que sua melhora tenha relação com o afastamento. "Eu vinha jogando bem e depois daquilo continuou igual", afirmou.
Neymar estava preparado para enfrentar os jornalistas ontem. Foi evasivo nas perguntas sobre o ex-treinador e tentou, a todo tempo, colocar um ponto final no assunto. "Tenho um carinho muito grande pelo Dorival. É isso que tenho para dizer."
Mas ele voltou a expressar arrependimento do ato intempestivo que gerou a crise com o antigo treinador.
"Reconheci meu erro e aprendi muito com tudo isso", afirmou Neymar, 18.
Sobre seleção brasileira, o atacante disse que espera ser convocado por Mano Menezes para o último amistoso do ano, contra a Argentina, no dia 17 de novembro.
Ele foi deixado de fora da lista para os jogos contra Irã e Ucrânia, neste mês, por conta de sua indisciplina.
"Estou jogando, treinando bastante. Se acontecer a convocação, estou preparado."


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