São Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Leve em campo, São Paulo ataca contra "complô"

Clube se concentra em problemas extracampo em semana de poucas atividades antes de jogo decisivo contra Botafogo

Com seis desfalques e um banco de reservas formado por garotos, equipe que joga no Rio ainda não atuou junta durante o Brasileiro

CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL

A semana no São Paulo foi marcada por três jogadores suspensos pelo STJD, diretores esbravejando sobre um possível complô a favor do Flamengo e poucas horas de treinos.
Faltando três rodadas para o final do Campeonato Brasileiro, o São Paulo, atual líder do torneio, com 62 pontos (dois a mais que o Flamengo), fervilha nos bastidores, mas pouco se mexe no CT da Barra Funda.
Nesta semana, pouco se falou sobre o jogo contra o Botafogo, considerado no clube o mais difícil dos três que ainda restam. Nas duas últimas rodadas, o São Paulo pega Goiás e Sport.
Mas o que prevaleceu foi o discurso de dirigentes contra uma possível conspiração -sem apresentação de provas- para beneficiar o Flamengo, o vice-líder, com 60 pontos.
"Não vão nos tirar o título na mão grande", declarou o vice- -presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.
A tese do complô a favor do time carioca, que virou motivo de discursos inflamados entre os diretores do clube nesta semana, já circula no Morumbi há tempos, mas foi exaustivamente repetida nos últimos dias em virtude da suspensão de Borges, Dagoberto e Jean e da perda de mando de campo na última rodada do Brasileiro -decisões tomadas pelo STJD.
Mas nem mesmo os desfalques motivaram os jogadores a treinar mais. Nesta semana, a equipe teve cinco sessões de treinamento, todas no período da manhã e mais leves que o habitual. Nenhuma das práticas durou mais do que duas horas.
O objetivo da redução do número e da intensidade dos treinos, segundo os jogadores, é poupar energia para os três jogos que faltam no Nacional.
"Quanto mais energia guardarmos para o jogo, melhor. Por isso que os treinos estão mais leves. Guardar energia agora significa força em campo", justificou Junior César.
Com a aproximação do fim da temporada, a prioridade da comissão técnica mudou em relação às atividades. O objetivo principal é a recuperação física dos jogadores, já desgastados, em detrimento de sessões de treinos técnicos e coletivos.
Por isso que nem mesmo o fato de a equipe atuar hoje sem três titulares -André Dias, Dagoberto e Jean, suspensos- e ter desfalques também no banco de reservas -Borges e Hugo também cumprem suspensão, e Rodrigo está contundido- foi justificativa para que o time fizesse dois períodos de treinos durante a semana.
Como agravante aos desfalques, a equipe que será titular contra o Botafogo jamais atuou junta neste Brasileiro. E terá jogadores que, até pouco tempo atrás, quase não saíam do banco de reservas, como Adrián González, Arouca e Marlos.
Para escalar o time, Ricardo Gomes teve, inclusive, que recorrer às improvisações, prática que não gosta de utilizar.
Hoje, Richarlyson atuará como zagueiro, no lugar de André Dias. No ataque, Marlos formará dupla com Washington.
E, sem opções até para o banco, o treinador apelará aos garotos -Henrique, Wellington, Diogo e Oscar serão reservas.


NA TV - Botafogo x São Paulo
Globo e Band (para SP), às 17h




Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Suspensos podem jogar, diz advogado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.