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Leve em campo, São Paulo ataca contra "complô"
Clube se concentra em problemas extracampo em semana de poucas atividades antes de jogo decisivo contra Botafogo
Com seis desfalques e um banco de reservas formado por garotos, equipe que joga no Rio ainda não atuou junta durante o Brasileiro
CAROLINA ARAÚJO
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana no São Paulo foi
marcada por três jogadores
suspensos pelo STJD, diretores
esbravejando sobre um possível complô a favor do Flamengo
e poucas horas de treinos.
Faltando três rodadas para o
final do Campeonato Brasileiro, o São Paulo, atual líder do
torneio, com 62 pontos (dois a
mais que o Flamengo), fervilha
nos bastidores, mas pouco se
mexe no CT da Barra Funda.
Nesta semana, pouco se falou
sobre o jogo contra o Botafogo,
considerado no clube o mais difícil dos três que ainda restam.
Nas duas últimas rodadas, o
São Paulo pega Goiás e Sport.
Mas o que prevaleceu foi o
discurso de dirigentes contra
uma possível conspiração
-sem apresentação de provas- para beneficiar o Flamengo, o vice-líder, com 60 pontos.
"Não vão nos tirar o título na
mão grande", declarou o vice-
-presidente de futebol Carlos
Augusto de Barros e Silva.
A tese do complô a favor do
time carioca, que virou motivo
de discursos inflamados entre
os diretores do clube nesta semana, já circula no Morumbi
há tempos, mas foi exaustivamente repetida nos últimos
dias em virtude da suspensão
de Borges, Dagoberto e Jean e
da perda de mando de campo
na última rodada do Brasileiro
-decisões tomadas pelo STJD.
Mas nem mesmo os desfalques motivaram os jogadores a
treinar mais. Nesta semana, a
equipe teve cinco sessões de
treinamento, todas no período
da manhã e mais leves que o habitual. Nenhuma das práticas
durou mais do que duas horas.
O objetivo da redução do número e da intensidade dos treinos, segundo os jogadores, é
poupar energia para os três jogos que faltam no Nacional.
"Quanto mais energia guardarmos para o jogo, melhor.
Por isso que os treinos estão
mais leves. Guardar energia
agora significa força em campo", justificou Junior César.
Com a aproximação do fim
da temporada, a prioridade da
comissão técnica mudou em
relação às atividades. O objetivo principal é a recuperação física dos jogadores, já desgastados, em detrimento de sessões
de treinos técnicos e coletivos.
Por isso que nem mesmo o
fato de a equipe atuar hoje sem
três titulares -André Dias, Dagoberto e Jean, suspensos- e
ter desfalques também no banco de reservas -Borges e Hugo
também cumprem suspensão,
e Rodrigo está contundido- foi
justificativa para que o time fizesse dois períodos de treinos
durante a semana.
Como agravante aos desfalques, a equipe que será titular
contra o Botafogo jamais atuou
junta neste Brasileiro. E terá
jogadores que, até pouco tempo
atrás, quase não saíam do banco de reservas, como Adrián
González, Arouca e Marlos.
Para escalar o time, Ricardo
Gomes teve, inclusive, que recorrer às improvisações, prática que não gosta de utilizar.
Hoje, Richarlyson atuará como zagueiro, no lugar de André
Dias. No ataque, Marlos formará dupla com Washington.
E, sem opções até para o banco, o treinador apelará aos garotos -Henrique, Wellington,
Diogo e Oscar serão reservas.
NA TV - Botafogo x São Paulo
Globo e Band (para SP), às 17h
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