São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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FUTEBOL

Após adiamento de jogo com o Real Madrid, CBF e Federação Chinesa fecham acordo verbal para amistoso na Ásia

Novo técnico da seleção estréia na China

FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC

Ricardo Teixeira ainda não decidiu quem será o novo técnico da seleção brasileira, mas a data e o local de sua estréia já estão planejados: 12 de fevereiro, na China, contra a equipe asiática.
O contrato formal entre a CBF e a Federação Chinesa de Futebol ainda não foi assinado, mas o acordo já está apalavrado.
Os asiáticos procuraram a entidade brasileira no início da semana. Queriam ocupar a vaga do Real Madrid, que pediu adiamento do amistoso que faria em fevereiro contra o time pentacampeão mundial -o clube alegou que estaria muito desfalcado porque Espanha, Portugal e Itália estarão em campo no mesmo dia 12.
Teixeira, que passou a semana na Espanha, onde participou de reuniões do Comitê Executivo da Fifa, disse a interlocutores que vai aceitar o convite dos dirigentes chineses. Falta apenas negociar a cota da seleção, que ficará entre US$ 800 mil e US$ 1 milhão.
Segundo a Folha apurou, o jogo Brasil x China não será em Pequim, mas, sim, em uma cidade próxima a Hong Kong.
Será a segunda vez em três meses que o time brasileiro vai à Ásia. Em novembro, a seleção enfrentou a Coréia do Sul, em Seul.
Brasileiros e chineses se enfrentaram na primeira fase da Copa de 2002, na ilha de Seogwipo, na Coréia do Sul. A equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari venceu os pupilos do sérvio Bora Milutinovic com facilidade, por 4 a 0 -a China acabou em último lugar no Grupo C, com derrotas também para Costa Rica e Turquia.
Depois dos chineses, o Brasil enfrentará Portugal, justamente o novo time de Scolari.
Se a seleção brasileira principal só estréia em fevereiro, a olímpica estará em campo já no primeiro mês de 2003. Disputará um torneio no Qatar, no que será a estréia do novo técnico do time sub-23, Ricardo Gomes. O treinador, que comandou o Juventude no último Brasileiro, terá como missão conquistar a inédita medalha de ouro nos Jogos de Atenas-2004.
Passados quase quatro meses da saída oficial de Scolari, na derrota para o Paraguai (0 a 1), a CBF ainda não decidiu quem será o novo técnico da seleção principal. Teixeira, que preside a entidade, não esconde sua preferência pelo corintiano Carlos Alberto Parreira, mas o tetracampeão já afirmou que não pretende voltar ao cargo. Poderia, no máximo, assumir um posto de direção ou coordenação.
Segundo pesquisa Datafolha, Parreira é também o preferido entre os torcedores. Recebeu indicação de 19% dos entrevistados, seguido por Zagallo (12%) e por Emerson Leão (5%).
Zagallo não será técnico da seleção, mas ocupará o posto de assessor especial da presidência da CBF. Já Leão, campeão com o Santos, vem criticando a postura de Teixeira constantemente e tem chances remotas de ser chamado.
Se Parreira não aceitar mesmo o convite para ser técnico, o presidente da CBF deve optar entre Oswaldo de Oliveira (São Paulo), Wanderley Luxemburgo (Cruzeiro) e Tite (Grêmio).


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