São Paulo, quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Clube negocia patrocínios, entre eles o da Panasonic para a camisa, para blindar o atacante contra assédio europeu

Santos arma pool para usar Robinho na Libertadores-05

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para manter Robinho até o final da Taça Libertadores, a diretoria do Santos tenta atrair duas empresas e engordar sua verba de patrocínio para 2005.
O presidente Marcelo Teixeira disse ontem que o clube está atrelando a permanência dos principais atletas a parcerias com grandes empresas. "Faremos um grande trabalho de marketing para conseguir isso", afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan.
A idéia do cartola é blindar os principais jogadores, entre eles o atacante, do assédio de clubes europeus até o fim de junho.
Uma das empresas cuja negociação é dada como praticamente certa no clube é a multinacional de eletrônicos Panasonic, que deverá substituir a palha de aço Bombril no uniforme santista. O contrato atual se encerra em 31 de dezembro, assim como o da Helios (exposição nas mangas) e o da Umbro (material esportivo).
Dagoberto Fernando dos Santos, gerente executivo do clube, disse que ainda espera que, das atuais parceiras, Umbro e Helios ainda apresentem ofertas. Esta última já está praticamente certa.
"Daremos a prioridade às empresas que estão conosco, mas, pela minha sensibilidade, a Bombril não deverá propor uma renovação", disse o diretor à Folha.
Dagoberto negou que a Siemens, que já aparece nas mangas das camisas de Corinthians e Palmeiras, e a Nike, que calça os pés de Robinho, sejam opções.
"A Siemens manteve contato conosco antes da Bombril, mas desde então não houve mais conversações. Da Nike nós sabemos que a estratégia da empresa é se manter apenas com seleção, Corinthians e Flamengo."
A verba total de patrocínio hoje do time é mantida em sigilo, mas só perde para as cotas que o clube recebe da TV Globo. Em 2004, O Santos levou R$ 18 milhões pelas transmissões do Brasileiro -quase o dobro de 2003, quando ficou com R$ 10 milhões.
"Nós do futebol trabalhamos em cima de receitas fixas, mais o patrocínio de camisa e também o fornecimento de material esportivo. Mas o que se busca é compor um time, e não só manter um jogador", disse Dagoberto, corroborando a afirmação do presidente santista de que o clube tentará manter suas peças principais.
Com o incremento das receitas, o clube deverá reservar R$ 5 milhões para investimentos no estádio da Vila Belmiro, com a construção de camarotes, e a conclusão das reformas no CT Rei Pelé, que receberá um hotel.
Teixeira divulgou ontem que o prêmio pela conquista do bicampeonato nacional e os 13º salários já foram quitados. O dirigente, no entanto, não revelou os valores.
A fila de renovações na Vila Belmiro ainda não engrossou, mas alguns nomes já começam a ser dados como fora do clube.
Um deles é o do zagueiro André Luiz, que acabou perdendo no Brasileiro a vaga de titular para Leonardo e Ávalos. O jogador tem proposta do Benfica.


Colaborou Mariana Campos, da Agência Folha, em Santos

Texto Anterior: Futebol: Bruno é o primeiro reforço do Palmeiras para 2005
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.