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FUTEBOL
Clube negocia patrocínios, entre eles o da Panasonic para a camisa, para blindar o atacante contra assédio europeu
Santos arma pool para usar Robinho na Libertadores-05
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para manter Robinho até o final
da Taça Libertadores, a diretoria
do Santos tenta atrair duas empresas e engordar sua verba de
patrocínio para 2005.
O presidente Marcelo Teixeira
disse ontem que o clube está atrelando a permanência dos principais atletas a parcerias com grandes empresas. "Faremos um
grande trabalho de marketing para conseguir isso", afirmou, em
entrevista à rádio Jovem Pan.
A idéia do cartola é blindar os
principais jogadores, entre eles o
atacante, do assédio de clubes europeus até o fim de junho.
Uma das empresas cuja negociação é dada como praticamente
certa no clube é a multinacional
de eletrônicos Panasonic, que deverá substituir a palha de aço
Bombril no uniforme santista. O
contrato atual se encerra em 31 de
dezembro, assim como o da Helios (exposição nas mangas) e o da
Umbro (material esportivo).
Dagoberto Fernando dos Santos, gerente executivo do clube,
disse que ainda espera que, das
atuais parceiras, Umbro e Helios
ainda apresentem ofertas. Esta última já está praticamente certa.
"Daremos a prioridade às empresas que estão conosco, mas,
pela minha sensibilidade, a Bombril não deverá propor uma renovação", disse o diretor à Folha.
Dagoberto negou que a Siemens, que já aparece nas mangas
das camisas de Corinthians e Palmeiras, e a Nike, que calça os pés
de Robinho, sejam opções.
"A Siemens manteve contato
conosco antes da Bombril, mas
desde então não houve mais conversações. Da Nike nós sabemos
que a estratégia da empresa é se
manter apenas com seleção, Corinthians e Flamengo."
A verba total de patrocínio hoje
do time é mantida em sigilo, mas
só perde para as cotas que o clube
recebe da TV Globo. Em 2004, O
Santos levou R$ 18 milhões pelas
transmissões do Brasileiro
-quase o dobro de 2003, quando
ficou com R$ 10 milhões.
"Nós do futebol trabalhamos
em cima de receitas fixas, mais o
patrocínio de camisa e também o
fornecimento de material esportivo. Mas o que se busca é compor
um time, e não só manter um jogador", disse Dagoberto, corroborando a afirmação do presidente santista de que o clube tentará manter suas peças principais.
Com o incremento das receitas,
o clube deverá reservar R$ 5 milhões para investimentos no estádio da Vila Belmiro, com a construção de camarotes, e a conclusão das reformas no CT Rei Pelé,
que receberá um hotel.
Teixeira divulgou ontem que o
prêmio pela conquista do bicampeonato nacional e os 13º salários
já foram quitados. O dirigente, no
entanto, não revelou os valores.
A fila de renovações na Vila Belmiro ainda não engrossou, mas
alguns nomes já começam a ser
dados como fora do clube.
Um deles é o do zagueiro André
Luiz, que acabou perdendo no
Brasileiro a vaga de titular para
Leonardo e Ávalos. O jogador tem
proposta do Benfica.
Colaborou Mariana Campos, da
Agência Folha, em Santos
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