São Paulo, sábado, 22 de dezembro de 2007

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plebeu

Em 2008, Adriano descarta Imperador

Novo dono da camisa 10 do São Paulo, atacante recusa o apelido recebido na Itália durante fase áurea de Inter de Milão

Durante sua apresentação no Morumbi, atleta, que passou dois meses no Reffis do clube, falou em recuperar o futebol e voltar a ser feliz


Diego Padgurschi/Folha Imagem
O atacante Adriano, que volta ao Brasil após seis anos, pisa pela primeira vez no Morumbi oficialmente como atleta do São Paulo

JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Minutos depois de vestir a camisa do São Paulo pela primeira vez, ontem pela manhã, no Morumbi, Adriano pediu para não ser chamado pelo apelido que ganhou na Itália, nos tempos de Inter de Milão.
"Gostaria de que vocês [jornalistas] me chamassem somente de Adriano, sem o imperador", disse o novo camisa 10.
"Não quero esquecer [o apelido] porque foi bom. Mas gostaria de que vocês não me chamassem assim para me ajudar a começar de novo", completou.
A recuperação a que Adriano se refere é a volta ao futebol em alta performance. E o fim de problemas com bebidas alcoólicas e o lado psicológico.
Em parte, o atleta já conseguiu seu objetivo quando fez um trabalho no Reffis (centro de recuperação) do São Paulo. Nos dois meses em que esteve em tratamento, Adriano abriu mão do salário que recebia da Inter de Milão. "Dinheiro não importa no momento. Estou bem aqui e não me arrependo. Preciso jogar e ser feliz."
Durante os cerca de 45 minutos em que conversou com os jornalistas no Morumbi, Adriano distribuiu sorrisos e demonstrações de carinho ao novo clube. E, junto, vieram sorrisos e olhares de satisfação dos dirigentes são-paulinos João Paulo de Jesus Lopes e Carlos Augusto de Barros e Silva.
O salário de Adriano no time do Morumbi não será nenhuma cifra fora dos padrões do clube, segundo Jesus Lopes, assessor da presidência são-paulina. "Não temos conhecimento do combinado dele com a Inter quanto a isso. Mas aqui está dentro da política do clube."
No discurso, Adriano, 25, falou muito em recuperar o bom futebol e voltar a vestir a camisa da seleção. O atacante terá seis meses para isso, tempo que dura o empréstimo da Inter ao atual bicampeão do Brasileiro.
Serão dois campeonatos distintos pela frente nesta volta ao Brasil, que se encerrará no dia 10 de julho: o Paulista e a Libertadores. Tempo suficiente, aliás, para poder disputar a final do torneio continental, caso o São Paulo alcance a decisão.
Adriano espera, no período, contar com a ajuda do ídolo são-paulino Rogério para dar a volta por cima. "Espero que [ele] fique em cima de mim, dê muitos conselhos. Sempre fez isso quando estivemos na seleção, e aqui não será diferente."


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