São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011

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JUCA KFOURI

Copa de morte


Enquanto se morre no atacado na velha lama, chove dinheiro para a reforma do Maracanã


SIM, É FATO que o dinheiro gasto no que não é prioritário não é investido, necessariamente, caso deixasse de ter tal destino, no essencial.
Mas pense bem: já são cerca de 800 mortos no Rio de Janeiro e já se calcula gastar R$ 1 bilhão no palco do encerramento da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A conta macabra dispensa máquina de calcular, até porque, no ritmo que vai, o terrível número de mil mortos soa provável.
E ainda ter que ouvir governadores, reeleitos!, dizerem que não se resolvem os problemas das enchentes "em 24 horas", como se estivessem acabando de chegar. E o PAC? Cadê, também, o PAC?
Cínicos, hipócritas, bandidos!

GAÚCHO OU CARIOCA?
Para Ronaldinho ser mais carioca que gaúcho seria fundamental que o Maracanã fosse cenário de suas evoluções.
Já imaginou o estádio lotado e pintado de vermelho e preto só para vê-lo?
Como não será, no Engenhão e por aí afora, ele terá que ser o que não tem sido faz tempo.
E não que ser gaúcho signifique ser apenas forte, viril, competitivo, porque Paulo Roberto Falcão, embora catarinense, era futebolisticamente dos Pampas e poucos foram tão finos.
O futuro de Patrícia Amorim está nos pés del RG que, além do mais, terá de não bobear diante de seu técnico, que sempre precisa ser a estrela maior da companhia.

FALTOU TUDO
Acabou a gestão Belluzzo, e a mortal mistura de falta de vocação e azar a marcou definitivamente.
O professor se viu num lamaçal digno do verão brasileiro e nem Muricy Ramalho, Kleber, Valdivia e Felipão deram jeito, por mais que parecessem os nomes certos nos lugares certos.
Que, ao menos, ele recupere a saúde também perdida na aventura.
E que o novo presidente do Palmeiras seja muito mais eficaz e feliz.

BOA-NOVA
A melhor notícia durante as férias desta coluna passou a estar todas as quartas-feiras nesta Folha. Como leitor, sobretudo, e, agora, também como vizinho, saúdo a chegada do melhor cronista da nova safra brasileira: Antonio Prata. Prometo não usar chavões como o de dizer que ele vale ouro, ou que quem sai aos seus não degenera, ou que é mais uma prova de evolução da espécie.

blogdojuca@uol.com.br


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