São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2002

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Ex-jogador teve fraca atuação à frente da seleção

DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Roberto Falcão, 48, teve uma passagem desastrosa pela seleção brasileira como treinador, cargo que ocupou durante um ano. Com apoio maciço da torcida, ele assumiu o posto que era de Sebastião Lazaroni em agosto de 1990.
Foi demitido, para dar lugar a Carlos Alberto Parreira, após o fracasso do Brasil na Copa América de 1991, no Chile.
A seleção disputou 17 jogos sob o seu comando. Venceu seis, empatou sete e perdeu quatro. Logo em sua estréia, num amistoso contra a Espanha, os brasileiros perderam de 3 a 0. A primeira vitória veio apenas no oitavo jogo, contra a Romênia (1 a 0).
Ele tentou, sem sucesso, promover uma renovação no time.
Quando estava para ser demitido, Américo Faria, então supervisor -agora de volta à seleção-, era quem mais defendia a sua permanência.
Como jogador, Falcão foi convocado para as Copas de 82 e 86. Porém saiu frustrado por não obter nenhuma conquista com a camisa amarela. Disputou 32 jogos e fez seis gols.
Sua carreira de jogador durou 13 anos. Conhecido por seu estilo elegante, o volante viveu suas melhores fases no Internacional-RS, onde começou aos 15 anos, e na Roma (Itália).
Conquistou cinco títulos gaúchos (73, 74, 75, 76 e 78) e três brasileiros (75, 76 e 79).
Na Itália, onde ficou conhecido como o ""rei de Roma", é considerado um dos melhores jogadores que já vestiram a camisa do time da capital do país. Foi campeão da Copa da Itália (81 e 84) e do Italiano (83).
Com um problema crônico no joelho direito, ele ainda conseguiu o título de campeão paulista pelo São Paulo, em 85, ao retornar ao Brasil.
Catarinense da cidade de Abelardo Cruz, Falcão se viu envolvido em problemas com a Justiça nos últimos anos.
Em 2000, ele foi acusado pela sua ex-mulher, a advogada Rosane Leal Damazio -com a qual ficou casado de 1991 a 1997-, de sumir com o filho do casal e de descumprir ordem judicial. Ela alegou que Falcão mandou retirar o garoto de dentro de sua casa, em Los Angeles, nos EUA.
O ex-jogador, que vem atuando como comentarista de futebol da Rede Globo e colunista do jornal "Zero Hora", de Porto Alegre, foi acusado no mesmo ano pela telefonista Dalva Sandra Pereira, do diário gaúcho, de assédio sexual.
Em sua passagem pela Roma, Falcão foi apontado pela italiana Maria Flávia Frontani como pai de seu filho. Como ele se recusou a fazer o teste de DNA, foi considerado pai do garoto pela Justiça italiana em 1999.


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