UOL


São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AUTOMOBILISMO

Para sair de sua pior crise, categoria aposta em novos pilotos e equipes e na isonomia de equipamentos

Indy começa temporada do tudo ou nada

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Indy inicia hoje, nas ruas de São Petersburgo, na Flórida, sua 25ª temporada em clima de grande expectativa. Mergulhada em sua mais grave crise, a categoria quer que 2003 fique marcado por uma reviravolta em sua história.
Para os dirigentes da Indy está muito claro. É agora ou nunca.
Hoje, no GP de São Petersburgo, a partir das 15h (de Brasília), só 19 carros alinharão no grid.
Porém há outro problema que pode atrapalhar os planos: a inexperiência de equipes e pilotos.
Dos 13 times que iniciam a temporada, cinco são estreantes -Johansson, PK, Rocketsports, Conquest e Fittipaldi-Dingman.
Dos grandes, apenas a Newman-Haas ficou. Após perder a Penske, a Indy viu suas principais equipes migrarem para a IRL neste ano. Despediram-se da categoria Ganassi, Green e Mo Nunn.
Entre os pilotos, a falta de experiência é ainda mais gritante. Dos 19 inscritos para o GP de hoje, nove são calouros: dois franceses, dois mexicanos, um português, um suíço, um inglês, um americano e o brasileiro Mario Haberfeld -a pole ficou com um deles, Sebastien Bourdais, primeiro novato a fazê-lo desde Nigel Mansell.
Repetindo o caminho das equipes, os pilotos também resolveram apostar suas fichas nos ovais da IRL. Entre outros, Michael Andretti, Dario Franchitti, Kenny Brack e Tony Kanaan.
Na tentativa de frear esse êxodo, a Indy lançou uma série de medidas para tornar seu campeonato mais barato e mais disputado.
Depois de congelar seu regulamento até 2006 e estabelecer tetos para o desenvolvimento dos carros (máximo de US$ 6 milhões), pela primeira vez a Cart resolveu adotar apenas um fornecedor de motores para seus times.
Depois da saída das japonesas Honda e Toyota, os V8 turbo serão desenvolvidos pela americana Ford e sua preparadora Cosworth. Outra padronização está nos pneus, que serão fornecidos pela japonesa Bridgestone.
Mais barata e com a promessa de ficar mais equilibrada, a Indy tem em 2003 a sua grande chance de redenção. É agora. Ou nunca.


GP de São Petersburgo, ao vivo, na Rede TV!, às 15h


Texto Anterior: Futebol - Rodrigo Bueno: Clássica Copa dos Campeões
Próximo Texto: Memória: Na F-1, sonho de Emerson durou oito temporadas
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.