São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 2006

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FUTEBOL

Imbatível fora do país em suas últimas 4 Libertadores, time pega Rosario

Palmeiras defende série invicta em território hostil

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um time que nas últimas quatro participações na Libertadores não foi derrotado fora de seu país contra um time que, quando joga em seu campo, transforma uma partida em defesa de território.
Esse é o confronto de hoje, às 21h15, entre o Palmeiras, que sustenta uma invencibilidade de 11 jogos em solo estrangeiro na principal competição de clubes do continente, e o Rosario Central, conhecido por receber seus jogos no Gigante de Arroyito.
O estádio já confirmou nesta Libertadores a fama de "cemitério" para visitantes, seja pela dificuldade de vencer o time argentino em casa, seja pela probabilidade de sofrer com a violência e a hostilidade dentro e fora do gramado.
A última derrota palmeirense fora do Brasil na Libertadores aconteceu em 2000. O Peñarol foi o algoz, com um 2 a 0 no estádio Centenário, em Montevidéu. Depois desse tropeço, que acabou nem sendo tão doído, já que o clube chegaria até a final daquela edição do torneio, o time alviverde colecionou cinco vitórias e seis empates em suas visitas aos adversários de outros países.
A série invicta do Palmeiras como visitante no exterior registra passagens por seis nações (e sete times) diferentes, duas delas para enfrentar o Boca Juniors na Bombonera, um dos alçapões mais temidos do futebol mundial -em ambas as oportunidades, o time paulista empatou por 2 a 2.
Mas a tarefa de hoje promete ser à altura de tal retrospecto.
O Rosario Central, chamado na Argentina só pelo segundo nome e que ostenta o sugestivo apelido de "canalhas", é tido como uma equipe quase imbatível dentro de seus domínios, mesmo quando tecnicamente o elenco não esteja à altura de tal feito, como o de agora -após três partidas pela Libertadores, ainda não marcou nenhum gol e soma apenas o ponto obtido no empate com o Palmeiras no Parque Antarctica.
No único jogo que fez no Gigante de Arroyito nesta Libertadores, o Rosario foi derrotado por 2 a 0 pelo Cerro Porteño, mas vendeu caro o resultado. Os jogadores do time paraguaio sofreram com a violência dos atletas argentinos e também com a torcida da casa, que chegou a atirar rojões contra o goleiro Diego Barreto.
A experiência de jogar no Gigante de Arroyito é nova para o Palmeiras, que jamais esteve lá.
Além da pressão sobre os palmeirenses, um deles em especial pode sofrer mais por causa de suas atitudes na partida entre as equipes no Parque Antarctica.
No primeiro jogo, o atacante Edmundo saiu de campo reclamando da cera dos argentinos e, nervoso, recusou-se até a trocar a camisa com o goleiro rival.
Porém, para o goleiro Sérgio, um dos jogadores mais rodados do elenco palmeirense, o fato de ter que atuar num campo cuja fama não é das melhores não faz da partida um evento especial.
"A torcida argentina é igual em todos os lugares. Eles cantam do começo ao fim, pressionam e, se estão perto do goleiro, provocam mesmo. Eu faço que nem escuto, porque a minha concentração tem que estar na partida", disse o goleiro, um dos poucos atletas do Palmeiras que estarão em campo hoje que já atuaram como visitantes contra times argentinos.
Sérgio afirma que não irá tolerar excessos. "Tem um juiz, que, teoricamente, está lá para evitar que alguma coisa aconteça. Em todo o caso, só fico no gol se garantirem que teremos segurança."
O Palmeiras ocupa o segundo lugar no Grupo 7, com cinco pontos, um a menos que o líder Nacional de Medellín, que encara, também hoje, o Cerro Porteño.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 21h15

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