|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Imbatível fora do país em suas últimas 4 Libertadores, time pega Rosario
Palmeiras defende série invicta em território hostil
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um time que nas últimas quatro
participações na Libertadores não
foi derrotado fora de seu país contra um time que, quando joga em
seu campo, transforma uma partida em defesa de território.
Esse é o confronto de hoje, às
21h15, entre o Palmeiras, que sustenta uma invencibilidade de 11
jogos em solo estrangeiro na principal competição de clubes do
continente, e o Rosario Central,
conhecido por receber seus jogos
no Gigante de Arroyito.
O estádio já confirmou nesta Libertadores a fama de "cemitério"
para visitantes, seja pela dificuldade de vencer o time argentino em
casa, seja pela probabilidade de
sofrer com a violência e a hostilidade dentro e fora do gramado.
A última derrota palmeirense
fora do Brasil na Libertadores
aconteceu em 2000. O Peñarol foi
o algoz, com um 2 a 0 no estádio
Centenário, em Montevidéu. Depois desse tropeço, que acabou
nem sendo tão doído, já que o clube chegaria até a final daquela edição do torneio, o time alviverde
colecionou cinco vitórias e seis
empates em suas visitas aos adversários de outros países.
A série invicta do Palmeiras como visitante no exterior registra
passagens por seis nações (e sete
times) diferentes, duas delas para
enfrentar o Boca Juniors na Bombonera, um dos alçapões mais temidos do futebol mundial -em
ambas as oportunidades, o time
paulista empatou por 2 a 2.
Mas a tarefa de hoje promete ser
à altura de tal retrospecto.
O Rosario Central, chamado na
Argentina só pelo segundo nome
e que ostenta o sugestivo apelido
de "canalhas", é tido como uma
equipe quase imbatível dentro de
seus domínios, mesmo quando
tecnicamente o elenco não esteja à
altura de tal feito, como o de agora
-após três partidas pela Libertadores, ainda não marcou nenhum
gol e soma apenas o ponto obtido
no empate com o Palmeiras no
Parque Antarctica.
No único jogo que fez no Gigante de Arroyito nesta Libertadores,
o Rosario foi derrotado por 2 a 0
pelo Cerro Porteño, mas vendeu
caro o resultado. Os jogadores do
time paraguaio sofreram com a
violência dos atletas argentinos e
também com a torcida da casa,
que chegou a atirar rojões contra
o goleiro Diego Barreto.
A experiência de jogar no Gigante de Arroyito é nova para o
Palmeiras, que jamais esteve lá.
Além da pressão sobre os palmeirenses, um deles em especial
pode sofrer mais por causa de
suas atitudes na partida entre as
equipes no Parque Antarctica.
No primeiro jogo, o atacante
Edmundo saiu de campo reclamando da cera dos argentinos e,
nervoso, recusou-se até a trocar a
camisa com o goleiro rival.
Porém, para o goleiro Sérgio,
um dos jogadores mais rodados
do elenco palmeirense, o fato de
ter que atuar num campo cuja fama não é das melhores não faz da
partida um evento especial.
"A torcida argentina é igual em
todos os lugares. Eles cantam do
começo ao fim, pressionam e, se
estão perto do goleiro, provocam
mesmo. Eu faço que nem escuto,
porque a minha concentração
tem que estar na partida", disse o
goleiro, um dos poucos atletas do
Palmeiras que estarão em campo
hoje que já atuaram como visitantes contra times argentinos.
Sérgio afirma que não irá tolerar
excessos. "Tem um juiz, que, teoricamente, está lá para evitar que
alguma coisa aconteça. Em todo o
caso, só fico no gol se garantirem
que teremos segurança."
O Palmeiras ocupa o segundo
lugar no Grupo 7, com cinco pontos, um a menos que o líder Nacional de Medellín, que encara, também hoje, o Cerro Porteño.
NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 21h15
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Panorâmica - Futebol: Europa força Inglês a passar em outras TVs Índice
|