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Ecclestone apostaria em brasileiro
DO ENVIADO A IMOLA
Nas últimas semanas, ex-pilotos, chefes de equipes, mecânicos
desconhecidos e até o ex-chefe do
motorhome da Benetton falaram
à imprensa européia sobre os dez
anos da morte de Ayrton Senna.
Faltava Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1. E ele resolveu
falar. Incisivo, como de costume.
Em entrevista ao diário "The Independent", da Inglaterra, o empresário afirmou que apostaria no
brasileiro em uma hipotética disputa com Michael Schumacher a
bordo de carros idênticos.
"Cada um teve a sua era, e eles
pilotaram carros diferentes, então
é difícil fazer comparações. Schumacher é um superpiloto, sem
dúvida. Mas, se os dois disputassem uma corrida usando modelos
iguais, eu colocaria o meu dinheiro no Ayrton", declarou.
"Se ele ainda estivesse por aqui,
certamente Schumacher não teria
colecionado tantas vitórias e títulos. Teríamos assistido a belos
campeonatos", disse, referindo-se
aos seis títulos do piloto alemão.
Ecclestone, que chefiou a Brabham antes de comandar a holding que controla comercialmente a F-1, revelou ainda que esteve
perto de assinar um contrato com
Senna no início dos anos 80.
O empecilho, segundo ele, foi
Nelson Piquet, então seu piloto,
que teria vetado a contratação.
"O Nelson desmerecia Senna,
dizendo que ele era lento, chamando-o de taxista. Para mim,
essa bronca era só mais um sinal
de que Ayrton era realmente rápido. De qualquer forma, Nelson
convenceu a Parmalat [patrocinadora do time na época] de que
não seria bom ter dois pilotos brasileiros em uma mesma equipe, e
não pude fazer mais nada."
Ecclestone aproveitou ainda para atacar novamente o regulamento da F-1 -desde o início da
temporada, ele se opõe ao atual
sistema de definição do grid, com
voltas lançadas. "Ayrton teria
odiado essa regra", declarou o dirigente, em um exercício de adivinhação.
(FSX)
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