São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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São Paulo vai segurar Adriano

Agente do jogador nega retorno antecipado à Inter de Milão, cogitado pelo atacante e por Muricy

Vice de futebol diz que não existe "absolutamente nada" sobre troca de técnico e que elenco tem que se dedicar logo ao Brasileiro

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo tendo afirmado em tom de despedida que tudo estava "acabado", ainda no gramado no Maracanã, o atacante Adriano permanecerá no São Paulo até o dia 10 de julho, conforme seu contrato de empréstimo estabelecia desde o início.
Tanto a diretoria do São Paulo quanto o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, foram unânimes em dizer que o contrato será cumprido, refutando qualquer possibilidade de abreviação dele para que o atacante se reapresente à Inter de Milão.
"Confiamos no Adriano e queremos que ele permaneça no São Paulo enquanto puder", afirma o vice de futebol do clube tricolor, Carlos Augusto de Barros e Silva. "Ainda mais quando se trata de um jogador que faz gol em todos os jogos."
Até 10 de julho, quando se encerra o termo de empréstimo do atacante, o São Paulo terá oito jogos, mas não poderá contar com o artilheiro entre 10 e 18 de junho, quando ele se apresenta à seleção de Dunga para os jogos das eliminatórias da Copa do Mundo contra Paraguai e Argentina.
Isso impedirá que Adriano retorne no dia 14 ao Maracanã, mesmo palco em que o São Paulo foi eliminado da Libertadores pelo Fluminense, anteontem. Assim, não enfrentará pela primeira vez na carreira o Flamengo, que o revelou.
A turnê de despedida do atacante terá quatro jogos no Morumbi (Coritiba, Atlético-MG, Sport e Ipatinga) e um clássico paulista contra o Santos, além de jogos fora de casa contra o Cruzeiro e o Náutico, que pode ser sua virtual despedida, em 9 de julho. Com ele, o São Paulo disputará 21 pontos no turno do Campeonato Brasileiro.
O outro tema que mais palpitava era a respeito de Muricy Ramalho, cujo desgaste após a terceira queda consecutiva na Libertadores poderia representar uma iminente saída. Mas, segundo a diretoria, isso não ocorrerá. "Não existe absolutamente nada. É um assunto que muitos sempre insistem em trazer à tona nesses momentos, mas não existe absolutamente nada", afirmou Barros e Silva, ressaltando que não houve conversa na cúpula são-paulina sobre a substituição de Muricy.
Segundo o vice de futebol, agora é o momento de "lamber as feridas", mas o dirigente dispensou um período extenso para recuperação do baque sofrido ante o Fluminense. Ao contrário, demonstrou que haverá análises na performance do elenco e cobranças.
"Temos que ir bem no Brasileiro para voltar à Libertadores. O time tem que se reencontrar já no domingo [contra o Coritiba, no Morumbi]."
Prudentes, tanto Barros e Silva quanto o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, voltaram à capital antes da delegação, que chegou ontem à tarde a Congonhas.


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