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São Paulo vai segurar Adriano
Agente do jogador nega retorno antecipado à Inter de Milão, cogitado pelo atacante e por Muricy
Vice de futebol diz que não existe "absolutamente nada" sobre troca de técnico e que elenco tem que se dedicar logo ao Brasileiro
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo tendo afirmado em
tom de despedida que tudo estava "acabado", ainda no gramado no Maracanã, o atacante
Adriano permanecerá no São
Paulo até o dia 10 de julho, conforme seu contrato de empréstimo estabelecia desde o início.
Tanto a diretoria do São Paulo quanto o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, foram unânimes em dizer que o contrato
será cumprido, refutando qualquer possibilidade de abreviação dele para que o atacante se
reapresente à Inter de Milão.
"Confiamos no Adriano e
queremos que ele permaneça
no São Paulo enquanto puder",
afirma o vice de futebol do clube tricolor, Carlos Augusto de
Barros e Silva. "Ainda mais
quando se trata de um jogador
que faz gol em todos os jogos."
Até 10 de julho, quando se
encerra o termo de empréstimo do atacante, o São Paulo terá oito jogos, mas não poderá
contar com o artilheiro entre 10
e 18 de junho, quando ele se
apresenta à seleção de Dunga
para os jogos das eliminatórias
da Copa do Mundo contra Paraguai e Argentina.
Isso impedirá que Adriano
retorne no dia 14 ao Maracanã,
mesmo palco em que o São
Paulo foi eliminado da Libertadores pelo Fluminense, anteontem. Assim, não enfrentará pela primeira vez na carreira
o Flamengo, que o revelou.
A turnê de despedida do atacante terá quatro jogos no Morumbi (Coritiba, Atlético-MG,
Sport e Ipatinga) e um clássico
paulista contra o Santos, além
de jogos fora de casa contra o
Cruzeiro e o Náutico, que pode
ser sua virtual despedida, em 9
de julho. Com ele, o São Paulo
disputará 21 pontos no turno
do Campeonato Brasileiro.
O outro tema que mais palpitava era a respeito de Muricy
Ramalho, cujo desgaste após a
terceira queda consecutiva na
Libertadores poderia representar uma iminente saída. Mas,
segundo a diretoria, isso não
ocorrerá. "Não existe absolutamente nada. É um assunto que
muitos sempre insistem em
trazer à tona nesses momentos,
mas não existe absolutamente
nada", afirmou Barros e Silva,
ressaltando que não houve conversa na cúpula são-paulina sobre a substituição de Muricy.
Segundo o vice de futebol,
agora é o momento de "lamber
as feridas", mas o dirigente dispensou um período extenso para recuperação do baque sofrido ante o Fluminense. Ao contrário, demonstrou que haverá
análises na performance do
elenco e cobranças.
"Temos que ir bem no Brasileiro para voltar à Libertadores.
O time tem que se reencontrar
já no domingo [contra o Coritiba, no Morumbi]."
Prudentes, tanto Barros e Silva quanto o presidente do São
Paulo, Juvenal Juvêncio, e o diretor de futebol, João Paulo de
Jesus Lopes, voltaram à capital
antes da delegação, que chegou
ontem à tarde a Congonhas.
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