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Jadel salta mal em SP e diz que maior rival é ele mesmo
Atleta fica somente em quarto, com marca inferior a 17 m,
o padrão de excelência do salto triplo, em prova em GP
Questionado sobre quem será seu maior adversário nos Jogos Olímpicos de Pequim, brasileiro afirma que será "eu, eu e eu"
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ficar fora do pódio,
Jadel Gregório deixou a pista
do Ibirapuera bem-humorado
após sua participação no salto
triplo do GP Sul-Americano de
São Paulo, que integra a série
de competições internacionais
de atletismo no Brasil.
O tour teve etapas em Uberlândia, Fortaleza e Rio e termina no domingo, em Belém.
A pedido dos fotógrafos, Jadel posou fazendo "cara de
mau". "É cara de quem perdeu
a prova?", indagou, para logo
em seguida arrematar: "Agora
posso fingir que ganhei?".
Ele saltou 16,91 m em sua terceira tentativa. É sua melhor
marca obtida em 2008, embora
ainda seja baixa para o recordista sul-americano (17,90 m).
Com o resultado, Jadel não
conseguiu superar Randy Lewis (Granada), Aarik Wilson
(EUA) e Leevan Sands (Bahamas). Também não atingiu o
índice de excelência da prova
(17 m). Porém Jadel diz que sua
preparação será gradativa.
"Minha programação é para
atingir o auge em julho e agosto, para a Olimpíada", falou ele,
que treina há mais de dois anos
em Gateshead, na Inglaterra,
onde é dirigido por Peter Stanley, ex-treinador do recordista mundial Jonathan Edwards.
O triplista é conhecido por
fazer seus melhores saltos no
início da temporada. Nas competições importantes, porém,
não conseguia administrar a
pressão, como em Atenas-04.
No ano passado, ao menos,
fugiu do fiasco, ao levar a prata
no Mundial de Osaka (Japão).
Questionado sobre quem seriam seus maiores rivais olímpicos, foi incisivo: "Eu, eu e eu".
"Não me preocupo com adversários. Penso em fazer o melhor de mim", respondeu.
Se ficou fora do pódio no triplo, o país levou o ouro em duas
provas de campo: salto em distância e salto com vara.
Na primeira, Maurren Maggi
cravou 6,87 m. A saltadora sobrou na competição. Sua marca
mais baixa -6,75 m- já seria
suficiente para alçá-la ao degrau mais alto do pódio. "Estou
com performance consistente.
Uma hora encaixo um salto
melhor. Tomara que seja na
Olimpíada", afirmou.
Disputa mais acirrada teve
Fabiana Murer no salto com
vara. Ela precisou saltar 4,60 m
para superar a americana April
Steiner. Em seguida, a rival
desperdiçou suas três tentativas em 4,65 m. "Para esse momento de preparação foi uma
boa marca", disse Fabiana.
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