São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008

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Jadel salta mal em SP e diz que maior rival é ele mesmo

Atleta fica somente em quarto, com marca inferior a 17 m, o padrão de excelência do salto triplo, em prova em GP

Questionado sobre quem será seu maior adversário nos Jogos Olímpicos de Pequim, brasileiro afirma que será "eu, eu e eu"

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ficar fora do pódio, Jadel Gregório deixou a pista do Ibirapuera bem-humorado após sua participação no salto triplo do GP Sul-Americano de São Paulo, que integra a série de competições internacionais de atletismo no Brasil.
O tour teve etapas em Uberlândia, Fortaleza e Rio e termina no domingo, em Belém.
A pedido dos fotógrafos, Jadel posou fazendo "cara de mau". "É cara de quem perdeu a prova?", indagou, para logo em seguida arrematar: "Agora posso fingir que ganhei?".
Ele saltou 16,91 m em sua terceira tentativa. É sua melhor marca obtida em 2008, embora ainda seja baixa para o recordista sul-americano (17,90 m).
Com o resultado, Jadel não conseguiu superar Randy Lewis (Granada), Aarik Wilson (EUA) e Leevan Sands (Bahamas). Também não atingiu o índice de excelência da prova (17 m). Porém Jadel diz que sua preparação será gradativa.
"Minha programação é para atingir o auge em julho e agosto, para a Olimpíada", falou ele, que treina há mais de dois anos em Gateshead, na Inglaterra, onde é dirigido por Peter Stanley, ex-treinador do recordista mundial Jonathan Edwards.
O triplista é conhecido por fazer seus melhores saltos no início da temporada. Nas competições importantes, porém, não conseguia administrar a pressão, como em Atenas-04.
No ano passado, ao menos, fugiu do fiasco, ao levar a prata no Mundial de Osaka (Japão).
Questionado sobre quem seriam seus maiores rivais olímpicos, foi incisivo: "Eu, eu e eu".
"Não me preocupo com adversários. Penso em fazer o melhor de mim", respondeu.
Se ficou fora do pódio no triplo, o país levou o ouro em duas provas de campo: salto em distância e salto com vara.
Na primeira, Maurren Maggi cravou 6,87 m. A saltadora sobrou na competição. Sua marca mais baixa -6,75 m- já seria suficiente para alçá-la ao degrau mais alto do pódio. "Estou com performance consistente. Uma hora encaixo um salto melhor. Tomara que seja na Olimpíada", afirmou.
Disputa mais acirrada teve Fabiana Murer no salto com vara. Ela precisou saltar 4,60 m para superar a americana April Steiner. Em seguida, a rival desperdiçou suas três tentativas em 4,65 m. "Para esse momento de preparação foi uma boa marca", disse Fabiana.


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