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Despedida tem vitória e vê protestos
Sob críticas, Palmeiras supera o Grêmio no último jogo do estádio
Palmeiras 4
Ewerthon, aos 16min e aos 30min do
1º tempo; Maurício Ramos, aos
16min, Cleiton Xavier, aos 26min do
2º tempo
Grêmio 2
Jonas, aos 32min do 1º tempo; Hugo,
aos 4min do 2º tempo
DE SÃO PAULO
O Palmeiras recebeu os
aplausos pela vitória contra o
Grêmio, ontem à noite, mas a
despedida da torcida do Parque Antarctica também foi
marcada por protestos.
O estádio recebeu o último
jogo oficial antes de ser fechado para reformas. Entraves burocráticos e forte oposição política, porém, ameaçam o andamento do projeto.
Por causa disso, o clube
deixou de lado possíveis
ações de marketing para a
partida. O clima pouco lembrou o de um adeus histórico.
Ao redor da casa palmeirense, torcedores abordados
pela Folha mostravam-se reticentes. "Cada um diz uma
coisa", disse um deles. Quando os portões foram abertos,
começaram os cânticos da
torcida ofensivos à gestão de
Luiz Gonzaga Belluzzo.
"Não é mole, não, diretoria
é a vergonha do Verdão", gritava parte da facção organizada Mancha Alviverde.
Atrás do gol, torcedores ergueram cartazes formando
um mosaico, "Fora Cipullo e
Belluzzo", referindo-se, também, ao vice Gilberto Cipullo.
No intervalo, quando a
equipe vencia por 2 a 1, parte
da Mancha caminhou pelo
fosso de acesso às arquibancadas e parou de frente para
o camarote da diretoria para
que a música chegasse aos
ouvidos de seus alvos.
As manifestações só não
foram maiores porque dentro
de campo a equipe de Jorge
Parraga deu conta do recado.
Curiosamente, brilharam
dois jogadores que participaram, há uma semana, da noitada no Rio de Janeiro, o estopim para as demissões do
treinador Antônio Carlos e
do atacante Robert.
O atacante Ewerthon marcou os dois gols que abriram
o placar. O zagueiro Maurício
Ramos fez o terceiro, que recolocou o Palmeiras na frente, após o Grêmio ter empatado com Jonas, aos 32min do
primeiro tempo, e Hugo, aos
4min da etapa final.
Deu tempo até para um gol
de Cleiton Xavier, aos 26min
do segundo tempo. Com ou
sem a certeza da arena, o
adeus acabou em festa.
"Temos que jogar no limite, mas por hoje foi bom, porque nós vencemos um time
grande e por tudo o que
aconteceu durante a semana", comemorou o zagueiro
Danilo.
(RENAN CACIOLI)
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