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Atletismo reaparece no Engenhão
GP Brasil de hoje é apenas a terceira competição da modalidade no local desde o Pan de 2007
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
O Estádio Olímpico João
Havelange, o Engenhão, que
ostenta a melhor pista de
atletismo da cidade-sede da
Olimpíada de 2016, abriga
hoje sua terceira competição
da categoria desde 2007, ano
em que foi inaugurado.
O GP Brasil de atletismo,
parte do calendário de meetings do Desafio Internacional da Iaaf (Federação Internacional de Atletismo), começa às 8h na pista e no campo do Engenhão, no Rio.
O Engenhão foi construído
para sediar o atletismo dos
Jogos Pan-Americanos de
2007 e custou R$ 380 milhões. Mas o montante da
obra é inversamente proporcional à frequência de eventos da modalidade desde que
a arena foi inaugurada.
Somente duas competições de atletismo foram realizadas ali, ambas em 2009,
desde que foram encerrados
os Jogos Parapan-Americanos no Rio de Janeiro, disputados em agosto de 2007.
As atividades no estádio se
resumiram aos jogos de futebol do Botafogo, para quem a
praça foi arrendada em comodato até agosto de 2027.
O clube afirma que jamais
se opôs à realização de provas de atletismo na pista,
considerada uma das mais
modernas do Brasil.
"É ponto pacífico na diretoria atual do Botafogo que o
atletismo continue no Engenhão", afirmou Miguel Ângelo da Luz, diretor de esportes
olímpicos do clube carioca.
"Desde que não choque as
datas com as rodadas do
Campeonato Brasileiro, está
tudo bem", emendou.
A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) afirma
que uma entidade da modalidade não é capaz de manter
um estádio do tamanho do
Engenhão em atividade
constante e bem conservado.
"Esses estádios grandes
são um problema", lamentou Martinho Nobre, superintendente técnico da CBAt.
"Até o Ninho do Pássaro, em
Pequim, virou um elefante
branco", comparou, referindo-se ao suntuoso estádio
palco do atletismo e das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos de 2008.
O dirigente estima que o
custo para a realização de um
GP como o de hoje no estádio
supera a cifra de R$ 100 mil.
"O Botafogo só consegue
conservá-lo por causa da renda com a venda de ingressos", justificou Nobre.
O time, porém, teve só a
24ª média de público de
2009, com 9.572 pagantes
por jogo, pior desempenho
entre os grandes clube do
Rio. A estatística rendeu ao
estádio, que comporta cerca
de 46 mil pessoas, a pecha de
"Vazião", dada pelos rivais.
Por causa da realização do
GP Brasil de atletismo, o Botafogo teve que antecipar o
horário do jogo contra o
Goiás das 18h30 para as 16h.
NA TV
GP Brasil de atletismo
9h30 Globo
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