São Paulo, domingo, 23 de junho de 2002

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COPA 2002/ CORÉRIA/ JAPÃO

BRASIL VOLTA A ENFRENTAR TURQUIA NAS SEMIFINAIS

REPLAY

Reuters
Turcos comemoram a vitória sobre Senegal a a vaga na semifinal


RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A IWATA

O projeto que o técnico Luiz Felipe Scolari traçou para a seleção brasileira, que pode ser coroado em Yokohama, no Japão, com o pentacampeonato mundial, teve início no próprio Japão em 1997.
A Folha visitou a cidade de Iwata, na região de Shizuoka, onde Scolari treinou o Júbilo Iwata há cinco anos. Mesmo com ótimo salário, com a família bem adaptada ao Japão e com tratamento de rei, o gaúcho decidiu voltar ao Brasil antes do final de seu contrato para dirigir o Palmeiras.
A razão? A seleção brasileira. Segundo Shizuo Tsuji, diretor do Júbilo Iwata que foi a Porto Alegre e tratou da contratação de Scolari, ele já pensava em assumir a equipe quando deixou o clube.
""O Scolari estava muito feliz aqui [em Iwata]. Sua mulher [Olga] queria ficar aqui também. Ele tinha assinado um contrato de um ano. Mas quis voltar. Disse que queria ficar mais perto da seleção brasileira", contou o dirigente japonês.
Scolari trabalhou de 1997 a 2000 no Palmeiras e, apesar do sucesso e da popularidade nacional que alcançou no clube da capital paulista, dizia não ter planos para treinar a seleção brasileira.
Após a Copa-1998, Zagallo deixou a equipe nacional. Os nomes de Wanderley Luxemburgo e Scolari apareciam como os mais fortes para ocupar o cargo.
O primeiro, que abertamente declarava querer treinar a seleção brasileira, foi convidado pela CBF -Scolari seria só meses depois, quando a equipe nacional vivia sua maior crise (nesse clima, refutou um primeiro convite).
Tsuji contou detalhes da passagem rápida de Scolari pelo Japão.
"A aproximação com Scolari começou depois que o Adílson [ex-zagueiro do Grêmio] passou por aqui. Fui a Porto Alegre tratar do contrato dele. Ele queria que contratássemos toda a comissão técnica, mas queríamos só ele. O Scolari exigiu e aceitamos. Trouxemos o Paixão [Paulo Paixão, preparador físico", um intérprete... Mas ele sempre recebia ligações do Brasil. Teve propostas para dirigir o Corinthians, o Palmeiras e outros clubes do Brasil. Pensou na seleção."



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