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FUTEBOL
Ponte chega a fazer 3 a 1, mas corintianos buscam empate e mantêm tabu de não perderem três partidas consecutivas
Corinthians sai atrás, mas evita 3º revés
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians saiu atrás, buscou o empate e manteve o "três é
demais". Depois de ficar em desvantagem de dois gols, o time do
Parque São Jorge empatou com a
Ponte Preta em 3 a 3.
O resultado obtido ontem em
Campinas confirmou a escrita corintiana. Desde outubro de 2001 a
equipe não perde três vezes seguidas -vinha de reveses contra São
Caetano e São Paulo.
E não foi das tarefas mais fáceis.
A Ponte chegou a assinalar 3 a 1
no placar. A reação corintiana
aconteceu quase no fim do jogo,
com dois gols num intervalo de
apenas dois minutos.
Apesar de interromper a série
de derrotas no Brasileiro, o resultado não foi dos melhores em termos de classificação.
Com 20 pontos, o Corinthians
se manteve na nona posição.
O empate também não deve aliviar a pressão sobre o técnico Geninho. Desde a eliminação na Taça Libertadores, o trabalho do técnico tem sido contestado.
Além dos desfalques de Gil, Kléber e Fábio Luciano (todos na seleção brasileira), o Corinthians
entrou em campo com um time
modificado por intervenção de
sua diretoria.
Com a intenção de promover a
entrada de atletas originários das
categorias de base do clube, foi
determinado pela cúpula corintiana a escalação de Pingo.
Prata da casa, o volante foi escalado por Geninho no lugar de Fabrício, um dos jogadores mais criticados pela torcida.
"Ele vinha entrando bem", foi a
explicação do técnico.
Antes de ser titular ontem, Pingo começara apenas um jogo neste Brasileiro: contra o Criciúma.
Naquela oportunidade, o Corinthians priorizava o jogo de volta
contra o River Plate, pela Libertadores, e colocou um time formado por reservas.
Apesar da "confiança" do treinador, Pingo teve atuação discreta e ainda levou um dos cartões
amarelos corintianos.
No primeiro tempo, o time de
Geninho deixava espaços para a
subida dos laterais da Ponte Preta.
E foi pelo flanco direito que saiu
a jogada do gol da Ponte. Aos
15min, Mantena cruzou para a
área. A bola chegou a Nenê, que
estreava no time de Campinas. Ele
ganhou a dividida de cabeça com
Rogério e tocou para a rede.
Mesmo em desvantagem no
placar, o Corinthians não mudou
seu jeito já característico de atuar
até o fim da primeira etapa: com
bolas alçadas para a área. "Eles
têm jogadores com boa estatura,
o que está dificultando o cabeceio
na frente", disse o lateral Rogério.
Ainda com um desempenho insosso no início do segundo tempo, o Corinthians sofreu o segundo gol. Aos 13min, Nenê, em posição de impedimento, recebeu a
bola na esquerda e cruzou para a
área. Adrianinho aproveitou o
passe e tocou para fazer 2 a 0 para
a equipe campineira.
Seis minutos depois, os corintianos, ainda sem arriscar muito,
esboçaram uma reação, com o lateral Rogério. Ele precisou chutar
duas vezes para diminuir a diferença no marcador.
No entanto, quando já exercia
grande pressão sobre uma Ponte
Preta acuada, o Corinthians sofreu o terceiro gol. Num contragolpe, aos 31min, o volante Ângelo cruzou. A bola passou por Doni, e o zagueiro César, na tentativa
de cortar a jogada, fez contra.
Novamente com dois gols de
desvantagem, parecia que o Corinthians sofreria sua terceira derrota consecutiva. Só parecia.
Aos 37min, Rogério, em bela
cobrança de falta, anotou 3 a 2.
O empate veio aos 39min, no velho estilo corintiano. Leandro
Amaral, que entrara no lugar de
Leandro, cruzou da direita, e
Liedson apareceu para cabecear e
fazer seu nono gol no Brasileiro
-foi o 13º de cabeça do Corinthians na competição.
No fim da partida, a Ponte ainda
teve dois jogadores expulsos.
Mesmo com mais jogadores em
campo, o Corinthians não conseguiu a virada, mas saiu de Campinas satisfeito com o empate.
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