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São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

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FUTEBOL

Ponte chega a fazer 3 a 1, mas corintianos buscam empate e mantêm tabu de não perderem três partidas consecutivas

Corinthians sai atrás, mas evita 3º revés

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians saiu atrás, buscou o empate e manteve o "três é demais". Depois de ficar em desvantagem de dois gols, o time do Parque São Jorge empatou com a Ponte Preta em 3 a 3.
O resultado obtido ontem em Campinas confirmou a escrita corintiana. Desde outubro de 2001 a equipe não perde três vezes seguidas -vinha de reveses contra São Caetano e São Paulo.
E não foi das tarefas mais fáceis. A Ponte chegou a assinalar 3 a 1 no placar. A reação corintiana aconteceu quase no fim do jogo, com dois gols num intervalo de apenas dois minutos.
Apesar de interromper a série de derrotas no Brasileiro, o resultado não foi dos melhores em termos de classificação.
Com 20 pontos, o Corinthians se manteve na nona posição.
O empate também não deve aliviar a pressão sobre o técnico Geninho. Desde a eliminação na Taça Libertadores, o trabalho do técnico tem sido contestado.
Além dos desfalques de Gil, Kléber e Fábio Luciano (todos na seleção brasileira), o Corinthians entrou em campo com um time modificado por intervenção de sua diretoria.
Com a intenção de promover a entrada de atletas originários das categorias de base do clube, foi determinado pela cúpula corintiana a escalação de Pingo.
Prata da casa, o volante foi escalado por Geninho no lugar de Fabrício, um dos jogadores mais criticados pela torcida.
"Ele vinha entrando bem", foi a explicação do técnico.
Antes de ser titular ontem, Pingo começara apenas um jogo neste Brasileiro: contra o Criciúma. Naquela oportunidade, o Corinthians priorizava o jogo de volta contra o River Plate, pela Libertadores, e colocou um time formado por reservas.
Apesar da "confiança" do treinador, Pingo teve atuação discreta e ainda levou um dos cartões amarelos corintianos.
No primeiro tempo, o time de Geninho deixava espaços para a subida dos laterais da Ponte Preta.
E foi pelo flanco direito que saiu a jogada do gol da Ponte. Aos 15min, Mantena cruzou para a área. A bola chegou a Nenê, que estreava no time de Campinas. Ele ganhou a dividida de cabeça com Rogério e tocou para a rede.
Mesmo em desvantagem no placar, o Corinthians não mudou seu jeito já característico de atuar até o fim da primeira etapa: com bolas alçadas para a área. "Eles têm jogadores com boa estatura, o que está dificultando o cabeceio na frente", disse o lateral Rogério.
Ainda com um desempenho insosso no início do segundo tempo, o Corinthians sofreu o segundo gol. Aos 13min, Nenê, em posição de impedimento, recebeu a bola na esquerda e cruzou para a área. Adrianinho aproveitou o passe e tocou para fazer 2 a 0 para a equipe campineira.
Seis minutos depois, os corintianos, ainda sem arriscar muito, esboçaram uma reação, com o lateral Rogério. Ele precisou chutar duas vezes para diminuir a diferença no marcador.
No entanto, quando já exercia grande pressão sobre uma Ponte Preta acuada, o Corinthians sofreu o terceiro gol. Num contragolpe, aos 31min, o volante Ângelo cruzou. A bola passou por Doni, e o zagueiro César, na tentativa de cortar a jogada, fez contra.
Novamente com dois gols de desvantagem, parecia que o Corinthians sofreria sua terceira derrota consecutiva. Só parecia.
Aos 37min, Rogério, em bela cobrança de falta, anotou 3 a 2.
O empate veio aos 39min, no velho estilo corintiano. Leandro Amaral, que entrara no lugar de Leandro, cruzou da direita, e Liedson apareceu para cabecear e fazer seu nono gol no Brasileiro -foi o 13º de cabeça do Corinthians na competição.
No fim da partida, a Ponte ainda teve dois jogadores expulsos. Mesmo com mais jogadores em campo, o Corinthians não conseguiu a virada, mas saiu de Campinas satisfeito com o empate.

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